2013. Ele está
chegando.
2012. Está partindo.
Tanta coisa aconteceu
neste ano.
Nenhuma que eu
planejei. Nada que planejo dá certo.
O último ano da minha
vida, da minha existência.
Eu pensei que agora
poderia fazer história, deixar um pequeno legado do que eu sou.
Virarei apenas
lembranças em datas festivas, e aniversários.
Pra quê então?
Olhando o mar ontem,
percebi o quão insignificante pode ser uma pessoa.
O quão a sua vontade,
os seus desejos, seus sonhos são pequenos, perante uma grandeza de mundo.
O mundo que
assistimos, dia após dia, girando, se movimentando.
Enquanto nossa vida
simplesmente se esgota, como a areia na ampulheta.
Liberdade.
Você pode fazer
escolhas, e tem opções.
Tão diferente de
querer fazer escolhas sem nenhuma opção.
Ver seus olhos
pensativos, com sede do mundo que você quer tocar.
Saber que eu não vou
poder fazer o mesmo.
Mais uma escolha não
feita – sem opções.
Uma pequena chama de
esperança de ver o destino mudar,
Apesar dele próprio,
ter me alertado de que era o fim,
Preciso tentar.
Continue respirando.
Deite no chão, na
terra, e sinta com todo o seu coração, o mundo girar.
Olhando o céu, tão
cheio de nuvens,
Brigando para fazer parte
daquilo que luta para não fazer mais parte de você.
Deixo um sorriso de
lembrança,
2012 indo embora, se
esvaindo como a areia na ampulheta.
Não adianta mais
fazer deste ano o melhor da minha vida,
Preciso fazer de 2013
o melhor ano da minha vida,
Preciso transformá-lo
em inesquecível,
O último ano.
Que não seja assim.
Um brinde à coragem
que nunca me abandonou,
E a teimosia que me
trouxe até aqui,
De nunca desistir,
Mesmo sabendo que não
há mais motivos para continuar.
Tim-Tim.
Kelly Christine