E
quantas vezes eu bati na mesma porta, sem resposta?
Quantas
vezes eu confiei nas pessoas,
Mesmo
sabendo o preço alto que pagaria no final?
E
que final... Porque o “pra sempre” sempre acaba.
Eu
olhei para trás, todas as pedras que eu percorri.
Caminhos
sem arrependimentos, sem volta.
Tantas
lembranças em uma pequena cabeça.
Tanto
sofrimento em um só coração.
Ah,
coração!
Que
covardia a minha, te submeter a isso novamente,
Mais
uma vez eu te entreguei sem medo,
Mais
uma vez devolvido aos pedaços,
Mais
uma vez.
Ah,
coração...
Tantas
coisas aconteceram entre você e o mundo,
Tanto
amor, agora solitário,
Tantas
decepções, tantas lágrimas,
Sempre
tudo tão intenso, sempre tudo eu.
O
coração criança pergunta:
-
O que faço agora com esse tanto de sentimento?
-
Pra onde vou? Não sei pra onde ir...
-
O que faço com tantos sonhos? Não tenho mais com quem dividir...
-
E como posso ficar com esse tanto de lembranças?
Eu
me fiz, e refiz.
Me
entreguei.
Tudo
e tão somente,
A
confiança inquestionável,
Toda
quebrada novamente.
Eu
não tive escolhas.
Nenhuma única alternativa,
Para
poder lutar e cuidar de uma nova ferida.
Uma
cicatriz, profunda, marcada, sangrenta.
Pessoas
olham incrédulas pra mim:
“Como
você aguenta?”
Eu
acreditei no pensamento de lutar pelos sonhos,
De
sempre ouvir o meu coração.
E
onde houvesse 1% de chance,
Nenhuma
batalha seria em vão.
As
lágrimas vieram junto com a verdade.
Triste
ilusão,
Priorizei
meus sentimentos, dei importância ao que era importante,
Ganhei
decepção.
Minha
culpa, minha culpa.
Me
perdoe coração.
Eu
com minha teimosia de achar que todos fariam tudo que eu faço, por mim,
Nunca
fizeram, nunca farão.
Nada
sobrou,
O
que não tinha fim,
Finalmente
acabou,
Não
sei de onde vim,
Pouco
importa para onde vou,
Bati
em uma porta e não me deixaram entrar,
Em
minha porta ninguém sequer bateu, muito menos entrou.
Escreva...
Escreva criança...
Essas
palavras que ninguém vai ler,
Desabafe
com quem não pode te abraçar,
Chore
as lágrimas que ninguém vai ver.
Procure
consolo onde nunca irá encontrar,
Tenha
fé em algo que nunca vai acontecer,
Quebre
tantas e mais tantas vezes o coração,
Até
você aprender.
O
meu adeus eu guardei pra mim,
O
adeus que eu não dei,
De
um amor que eu não terminei,
E
um coração que não devolvi,
Mesmo
assim, tudo em volta desmoronou, eu sei.
Adeus
à esperança,
Bem
vindo de volta, anjo feio,
Adeus
ao espírito da criança.
Ela
cresceu, e me abandonou,
Ela
se foi, nem pra trás olhou.
Morra
aos poucos,
Da
mesma forma que o sorriso morreu,
Coração
finalmente se calou,
A
única coisa que entende é que perdeu,
Outra
vez, outro grande amor,
Que
era grande só pra ele,
Que
era importante só pra ele,
Que
era infinito só pra ele.
Que
amava sozinho,
Que
era só meu.
Kelly
Christine
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