30 de jul. de 2013

Imperfeito Coração...

Eu busquei tanto acertar que acabei errando.
Permaneci por tanto tempo forte que acabei enfraquecendo.
Dando o meu melhor, acabei sendo o pior de mim.
Nada satisfaz o insaciável.
Me pergunto até onde insistir,
Vendo tantos questionamentos de ‘se vale a pena’ ou não.
Uma irritação injustificável. Mesmo quando eu tento me explicar.
Para que me explicar? Para alguém que não tem interesse em me ouvir?
Eu permaneci sozinha com os meus dilemas,
E somente a fé que me sustenta me manteve em pé.
Não questiono mais a falta de tudo na minha vida.
Eu comecei a mudança. Ninguém falou que iria ser fácil.
Meus sentimentos tão fiéis e tão imperfeitos.
Nada se encaixa, nada serve.
Eu faço parte das lembranças que te ensinaram e permanecem no passado,
Com uma imensa vontade de fazer parte do seu futuro,
Mas sem ter nenhum espaço nele.
A lembrança que permanece, até uma nova lembrança tomar o meu lugar.
A coragem que falta, é o que impede do novo chegar.
Se ela existisse, eu não existiria mais.
Eu busquei tanto acertar que acabei errando.
Permaneci por tanto tempo forte que acabei enfraquecendo.
E agora, sem forças, eu faço da minha fé – alicerce.
Tudo que me resta, as sobras de quase nada,
Lágrimas secas que não correm mais,
Esperança que se foi,
Sonho que se vai.
Tristeza.
Uma tristeza sem medida, do vazio que nada preencheria a não ser,
O que prefere se manter vazio.
E que Deus conforte o meu coração,
Tolo coração... Que cuida de todos, menos de si mesmo.


Kelly Christine

29 de jul. de 2013

Por trás da saudade...

Saudades.
De quando as coisas pareciam menos complicadas,
Quando a fé era maior que o medo,
E o amor, maior que a solidão.
Saudades quando um olhar explicava o que as palavras não diziam,
Quando tudo que se precisava fazer era cuidar,
Quando o carinho era mais importante do que o que se carrega nos bolsos,
E quando os talentos eram valorizados como bênçãos.
Saudades.
De todos os amigos que partiram,
Dos que ficaram, mas se afastaram,
Da causa que nos mantinha unidos,
Das brigas, intrigas e desentendimentos por motivos bobos.
Saudades daquela praça,
Daquele sorriso,
Daquela rotina.
Do meu primeiro emprego de verdade,
Do primeiro dinheirinho que eu gastei comigo,
De como a felicidade ficava em pequenos frascos de coisas pequenas.
Saudades das pessoas que eram pessoas,
Não somente o contato que ficou online,
Saudades do calor do abraço,
De relações mais humanas e menos superficiais.
Saudades, de tantas histórias,
De lutas, derrotas e vitórias,
A vida passou, e sinto que esqueci de ter vivido algo.
O passado é lição que foi aprendida,
É realidade que não deve ser repetida,
Pois que atire a primeira pedra, quem não sente saudades de momentos,
Com vontade de vivê-los mais uma vez.

Kelly Christine


22 de jul. de 2013

O amor é isso.

Eu sempre quis postar esta história aqui, mas nunca havia conseguido lembrar onde eu havia lido pela primeira vez. Hoje eu consegui.
Uma lição de amor que jamais poderá ser esquecida. Uma que a gente começa a rever nossos conceitos, até onde nossa luta pode valer à pena, como somos pequenos diante de certas coisas e grandiosos diante de outras. 


A moça da foto se chama Katie Kirkpatrick, de 21 anos. Ao lado dela está o noivo, Nick, de 23. A foto foi tirada pouco antes da cerimônia de casamento dos dois, realizada em 11 de janeiro de 2005 nos Estados Unidos. Katie tem câncer em estado terminal e passa horas por dia recebendo medicação. Na foto Nick aguarda o término de mais uma destas sessões.


Apesar de sentir muita dor, de vários órgãos estarem apresentando falência e ter que recorrer à morfina, Katie levou adiante o casamento e fez questão de cuidar do máximo de detalhes. O vestido teve que ser ajustado várias vezes, pois Katie perde peso todos os dias devido ao câncer.


Um acessório inusitado na festa foi o tubo de oxigênio usado por Katie. Ele acompanhou a noiva em toda a cerimônia e na festa também. O outro casal da foto são os pais de Nick, emocionados com o casamento do filho com a mulher que namorou desde a adolescência.


Katie, sentada em uma cadeira de rodas e com o tubo de oxigênio, ouve o marido e os amigos cantarem para ela.


No meio da festa Katie tira um tempo para descansar. A dor a impede de ficar de pé por muito tempo.


Katie morreu 05 dias após o casamento. Esta história corre pela internet como sendo real. Não duvido da veracidade, pois as fotos venceram um concurso americano de jornalismo. De qualquer forma, ver uma menina tão debilitada vestida de noiva e com um sorrisão nos lábios faz a gente pensar se a vida é mesmo tão complicada.


A única coisa que posso dizer sobre tudo isso: não desista de quem jamais desistiria de você.


18 de jul. de 2013

Me Pertencer.

Me vejo refletida no espelho com os olhos repletos de repulsa.
Odiável essa maneira de se deixar enganar assim.
No final de tudo, tanta dor, tantas lágrimas, eram em nome da minha própria ilusão.
Uma armadilha perigosa que “maquia” a realidade, nos fazendo viver os nossos sonhos,
Transformando pessoas cruéis em adoráveis,
Achando que amor verdadeiro é qualquer carinho dado,
E felicidade é qualquer sorriso dispensado.
Venho aprendendo duras lições durante todos esses anos,
Porém a mais difícil de todas, é ser surpreendida por quem menos se espera.
A explicação, para o que não tem explicação.
Nunca em toda minha vida, me senti tão estúpida.
Acreditando em algo que nunca existiu.
Ver todos os pequenos sonhos sendo desmoronados pelas palavras seguras de quem tem toda a razão da moralidade trabalhando ao seu favor.
Sinto o peso da inferioridade da minha inteligência,
Teria eu acreditado em tantas mentiras assim ao longo da vida?
Tive muitos motivos para ter a fé questionada, negada, esquecida, dizimada.
Ela permaneceu, enfraquecia às vezes, mas nunca chegou a me abandonar completamente.
Agora escuto falar da realidade.
E da existência dela, independente de nossa consciência.
Um texto pode ter diversas interpretações, porém a maioria das pessoas tem a tendência de escolher a que mais lhe convém e não a opinião real de quem o escreve. Enxergam tudo e qualquer coisa, menos o que o autor verdadeiramente quer expressar.
Fiquei com esse questionamento na cabeça.
Depois que eu e o meu corpo servimos para satisfazer os fins, a minha utilidade se encerrou.
Agora questões de cunho filosófico/moral são o que me separam do que eu verdadeiramente queria.
Um jeito novo de dar uma explicação inteligente para o termo: descartável.
Exatamente esta a minha sensação: descartável, não reutilizável, facilmente ludibriada.
As minhas ilusões e suas tolices.
O relento dos sonhos sem planos, sentimentos no ar.
Eu tinha planos concretos. Infelizmente falhei duramente em basear estes planos nas pessoas erradas.
Não, não era um plano para elas. Era um plano COM elas.
Lição dura de aprender. Divida a sua vida consigo mesmo.
Tudo o que for diferente disso, só lhe trará dor e sofrimento.
Presentei com rosas, ganhei pedras.
O mundo e sua existência egoísta.
Não, não há arrependimentos. Me permito chorar, me entristecer, sofrer um pouco mais.
Depois sentir os olhos secos como areia. Lamentar mais uma ilusão quebrada. E seguir em frente.
Não me orgulho nada de tantas falhas. Mas elas constituíram meu caráter, e este eu sei que é bom.
Não toquei seu espírito, não entendi sua realidade, não passei a ponte entre os dois.
Eu tentei, mais de uma vez, fui até onde pensei que não pudesse ir, ultrapassei meus limites.
Mesmo assim, não saí do lugar.
Eu doei tudo o que achava que sabia sobre o amor.
Foram muitas coisas até aqui. Sei que em algum lugar no firmamento, alguém viu o que eu fiz e porquê.
Novos planos existem.
Viver um dia de cada vez.
Fazer as peças quebradas voltarem a se encaixar.
Trabalhar para que as coisas voltem a dar certo.
E rezar para a fé permanecer.
O que vier de bom além disso será bem vindo.
O que vier de ruim será sumariamente exonerado.
O conhecimento sempre é uma benção. O que as pessoas fazem com ele é que pode se tornar sua maldição.
O meu desejo? Tranquilidade.
Que todos seus passos sejam iluminados.
Que os caminhos e as ferramentas que escolheu te levem aonde quer ir. Sei que não preciso pedir, não acontecerá, mas, não olhe pra trás.
O que ficou para trás nada te ensinou além do que não tem utilidade para si.
O sucesso te espera, trabalhará arduamente por ele, mas o terá ao seu lado.
Não precisa de amor ou de amizade de ninguém. Só precisa da realidade. E de si mesmo.
Quanto aos meus sonhos e desejos, estes, estão guardados, pois meu trabalho agora é outro.
Preciso aprender o caminho de volta pra mim.
Preciso me pertencer. Outra vez.
Afinal, a única lição que me forçaram a aprender foi esta:
Divida a sua vida consigo mesmo.
Tudo o que for diferente disso, só lhe trará dor e sofrimento.
Este parece ser um dos mandamentos mais egoístas do mundo moderno.
Egoísta, e aos olhos de alguns, essencial.

O silêncio é algo que me incomoda. Mas descreve exatamente o vazio que existe aqui dentro agora.

Posso mudar a forma que vejo o mundo e as pessoas nele, mas jamais mudarei o que há em mim de mais bonito.
E isto, acho que ninguém irá conhecer.

Kelly Christine.

14 de jul. de 2013

A fé que se foi...

Quero pedir a chance, me deixa contar um pouco mais de mim.
Por tantas vezes eu usei essas páginas para desabafar.
Deixei as lágrimas na ponta dos dedos, fiz meu coração falar por mim. Transpareci sentimentos.
Os anos passaram. E apesar das pessoas também terem mudado, suas atitudes comigo ainda permanecem as mesmas.
Mais uma certeza de que o problema não está nelas, mas em mim.
Vim aqui fazer uma prece. De alguém que sente a fé completamente perdida.
Olha aqui eu de novo, meu Deus. As lágrimas continuam correndo em mim.
A dor não diminuiu, a cicatriz não vingou, e o sangue continua a escorrer.
Me diz, o que eu devo fazer?
Eu sei que eu sou uma boba, que acredita em qualquer amor sem importância, que acha que todas as pessoas são boas, que a maldade no mundo tem cura. Me diz, como eu mudo isso?
Como eu consigo parar de chorar e volto a sorrir novamente?
O sono se foi, tudo se foi. Eu lutei tanto a troco de nada, e ninguém jamais fará o que eu fiz.
Por que me sinto tão idiota?
Tudo o que eu mais temia, tem acontecido. É a solidão, a falta de amor, a incompreensão, a fé diminuída. Até quando deixará comigo essa cruz tão difícil de levar? E por que não posso ter ninguém ao meu lado pra me ajudar?
Sabe, eu fiz tudo o que queria, fui disciplinada, segui meu caminho direito. Qual é o problema de eu ser feliz agora? O que mais eu preciso aprender? O que mais eu preciso esperar?
Vejo o tempo passando pra mim. Eu já sou uma velha, e não realizei nenhum dos meus sonhos de menina. Até quando vai me frustrar dessa forma? E por quê?
É difícil você acordar todas as manhãs sem saber se vale a pena levantar. Difícil você ter que enfrentar um dia inteiro de novos desafios e batalhas, e no meio delas, depois delas, não ter ninguém pra te apoiar, ou conversar com você sobre suas derrotas e fracassos. O que fiz para ser tão castigada?
Era isso? A solidão que eu tanto desprezei e temi, era dessa forma que queria me ensinar? Me mostrando o quanto as pessoas são capazes de serem egoístas e não terem mais nenhuma prioridade na vida além delas mesmas?
Eu sabia disso. Mas nem por esse ou qualquer outro motivo eu desisti das pessoas. Nem por qualquer coisa eu desisti de ser feliz.
Mas não adianta. Eu continuo remando em um barco que tu enches de água a cada onda que passa. Por mais que eu insista, tudo conspira para eu desistir.
Não sou feita de aço. Nem eu, meu corpo, mente e principalmente o coração são feitos de algo inquebrável.  Estou no meio da tempestade sozinha. Não me abandone agora, quando eu mais preciso de ajuda.
E nessa hora sinto minha fé se esvaindo. Conversando, orando, rezando para alguém que não sei se irá me ouvir.
Os ossos doem, os cabelos brancos começam a aparecer, os dedos das mãos se tornam nodosos. O olhar fica fundo, com olheiras, que veêm mais o passado do que o presente. Aí você sente que o fim está perto. E começa a desistir.
Bate um desespero, a sensação que ainda há algo a fazer. E entre um pensamento e outro, uma meditação solitária e outra, você percebe que a única coisa a fazer é esperar. Nada mais.
Eu lutei até aqui meu Deus. Fui até onde senti minhas forças se escoando como areia. Pedi aos céus e a terra por ajuda, por companhia nesse momento. E minhas preces antes, como as de agora, foram respondidas com o mais absoluto silêncio.
Silenciarei agora também. Esperando. O que podia chorar, gritar, desesperar, implorar, eu fiz. Eu fui além de mim. Agora não tenho mais para onde ir.
Diga-me onde espero minha fé retornar. Diga-me onde vou terminar a vida.
Porque os sonhos que vi destruídos, pela solidão que me disciplinou, tirou a única coisa que me mantinha de pé: a fé.

Não pude mudar a vida. Então ela que me modifique. Ou termine.


Kelly Christine

11 de jul. de 2013

O Anjo Feio e o Deserto de Inverno - Fim.

Sentia os olhos secos como areia.
Há tristeza, há vazio.
Uma enorme vontade de chorar, mas algo não deixa, algo não quer.
Não seria tudo culpa minha afinal? Eu mansamente tentei cuidar e compreender,
E me feria a cada vez que deixava a porta aberta.
Mas não é isso que fazemos por quem amamos?
Seria. Pelo menos é o que eu aprendi.
Eu fui tola. Eu me deixei enganar.
Eu queria acreditar em uma mentira achando que poderia torna-la verdade.
Eu me iludi. Eu sabia o tempo todo.
É como estar desperto no próprio pesadelo, e apesar de haver uma vontade de fugir, você se deixa permanecer.
Respiro com dificuldade. O ar teima em não querer descer pelos pulmões.
Não há nada que eu possa fazer para combater o mal que causa a si mesmo.
É humano, mas não há humanidade dentro de si.
Tão frio quanto o inferno. Tão vazio quanto o deserto.
E quem sou eu perante o deserto de inverno?
Nada. Um grão de areia tentando completar o que quer ser, por definição, incompleto.
E pela primeira vez percebi que, apesar do imenso vazio, não há espaço pra mim.
Eu fui tola. Eu me deixei enganar.
Pobre anjo feio... achou mesmo que suas palavras e suas atitudes poderiam mudar alguma coisa?
Olhe pra você. Uma junção de vários pedaços deixados para trás.
O que restou depois que as pessoas te usaram. O que restou de gente que você julgava ser importante.
Você nunca foi nada anjo feio. Pra ninguém.
Usado, esquecido, deixado de lado. E nada mais.
Pare de entregar seus sentimentos como se oferece pão a quem tem fome.
O que tu ofertas, nunca é o que as pessoas querem receber.
Elas querem mais. Muito mais. E quando você se desdobra para lhes proporcionar esse ‘mais’ sua utilidade já se deu por vencida.
É isso.
Eu fui tola. Eu me deixei enganar.
Quem quer ir além não se torna quem foi um dia.
Assisto em silêncio, a vontade das lágrimas que não saem, do rosto do anjo feio.
Ele segura os pedaços do coração, mais uma vez.
Por quanto tempo mais anjo? Semanas, meses?
Por quanto tempo aguentará em silêncio a crueldade humana de quem te arranca tudo, as asas, a vida, e você fica a assistir?
Um olhar triste responde o que as palavras são incapazes de dizer.
É uma lição amarga de se aprender.
O anjo feio, agora sem lágrimas, olha o sol que brilha lá fora.
Se lembra cheio de tristeza, um olhar que partiu e nem sequer olhou pra trás.
É humano, mas não há humanidade dentro de si.
Até o coração aos pedaços do anjo feio desistiu de se envenenar aos poucos.
É hora de fechar a porta.

Kelly Christine.

2 de jul. de 2013

Minhas Músicas Preciosas...[26]

Esse foi o primeiro CD que eu comprei na vida e uma das primeiras músicas de rock que eu me apaixonei na minha adolescência. Os tempos passaram e essa música continua mexendo com o meu coração da mesma forma.  Steve Tyler e o seu dom de dizer exatamente o que é preciso no momento.

Apresento a vocês, uma das minhas bandas favoritas. Arrancando lágrimas de várias pessoas há mais de 40 anos.