26 de abr. de 2013

Eu guardei...


Certos temores ficam escondidos,
Lágrimas caídas, corações partidos,
Nunca ninguém deseja o fim,
E essa dor eu guardei pra mim.
Sonhos que ficaram guardados,
Em segredos nunca revelados,
Sentimento bom e ruim,
E essa dor eu guardei pra mim.
A pequena poesia,
Que inicia mais um dia,
Lembra do grande sorriso,
Capaz de levar do inferno ao paraíso,
Com o poder do não e do sim.
E essa dor eu guardei pra mim.
Você finge uma força que não tem,
Adota uma postura que convém,
E continua seguindo seu caminho,
Cheio de pedras e espinhos,
Lembra das palavras duras então lidas,
Martelando em sua cabeça, jamais serão esquecidas,
Relembram onde você precisa ir,
Afinal você precisa seguir,
Andando, caminhando, com um empurrão,
Lágrimas nos olhos, coração entre as mãos,
Não houve uma escolha, não havia saída,
Dias sem esperança, noites mal dormidas,
Nos ensinam a dura lição,
O preço de seguir o próprio coração,
Não é o que costumam pensar
E nem todos conseguem pagar
Mesmo assim você não desiste,
Em nome dos seus sentimentos insiste,
Deve ao seu coração, fidelidade,
E das noites tão mágicas sente saudade.
Tudo ficou para trás,
Todos os dias ficaram iguais,
O que resta são lembranças,
Vagando em meus pensamentos como crianças,
E um choro contido e em silêncio que parece não ter fim,
E disfarçado em um sorriso,
Essa dor eu guardei pra mim...

Kelly Christine

24 de abr. de 2013

Um olhar de dentro...


Nunca pensei que minha mente fosse me dar tamanha sentença.
E o erro era meu.
Não sinto pena de mim mesma,
Não questiono valores.
Precisava de certas mudanças.
Escutei as palavras mais cortantes que poderia ouvir de alguém a minha vida inteira ontem.
Não senti pena de mim. Não vi surgir lágrimas em meu rosto.
Nada além de conjuras entre minha mente e minha alma.
Por sua vez meu coração nunca esteve tão calado, e tão resignado.
E o erro era meu.
Só quem pode perturbar a minha paz é quem eu permito.
Entre aceitar a injustiça e lutar pela própria paz,
Escolhi o caminho que me faz crescer.
A paz é algo que só herdarei quando morrer.
E é assim, com todas as pessoas. Porém são poucas que enxergam. A vida é uma eterna busca pela paz, e enquanto não se travam algumas pequenas e grandes batalhas internas e externas, não se vive.
Quem acha que está em paz consigo mesmo se ilude acreditando que isto é vida.
Viver é movimento e discordância.
Sei que a vida é curta, sei que em breve estarei chegando a esta paz.
Por enquanto não tenho pressa. Minhas metas não são ambiciosas, e finalmente me levarão onde quero ir.
Não preciso mudar minha personalidade. Preciso mudar o modo como eu vejo as pessoas.
E o erro era meu.
Chico Xavier foi uma das pessoas mais sábias que eu já tive conhecimento e ao qual eu já li bastante a respeito.
Ele sempre dizia que nunca devemos retribuir uma dor com outra dor, uma mágoa com outra.
Dizia que deveríamos dar as pessoas apenas o que queríamos refletido em nossas próprias vidas. Do mau, a vida se encarrega de corrigir. E do que comete a injustiça, nunca pode ser julgado por ninguém além dos olhos de Deus.
Li muito referente a isso ontem, e há alguns dias. E sobre outras coisas também. Descobri em mim mesma, respostas que passei a vida inteira tentando encontrar nas pessoas, e no entanto estavam em mim.
E o erro era meu.
O primeiro passo para o crescimento estava em reconhecer as falhas. Eu sei que tenho muitas, nem menores, nem maiores, mas minhas. Meus defeitos, minhas correções, reflexões com o mundo.
Pouco a pouco sinto que isso tudo me fez crescer de alguma maneira.
E o erro era meu.
Não, eu não vou me culpar. E nem responsabilizarei ninguém. A parte de assumir um erro e corrigir uma falha não significa que o mundo precisa pairar sobre minhas costas.
Senti durante anos a indiferença, o desamor e até repugnância da minha família. Sentia muita pena de mim, vivia me lamentando sobre a falta de sorte que eu tinha.
Entendi o quanto as pessoas que eu achava que me ajudariam a sair dessa depressão longínqua se entediavam rapidamente de mim. E não via nada que fizesse sentido.
O erro era meu.
A situação de minha casa não mudou. A situação da minha vida pessoal e profissional também está inalterada.
O que mudou foi o modo de como eu encaro as pessoas e as coisas.
Passei anos sendo gentil e amável com gente que não merecia nada de mim, nem mesmo atenção.
Sou grata por estas experiências. Me fizeram crescer.
Mostraram ao meu Mestre Chico que segui, mesmo sem querer, seus ensinamentos e fiz o que podia.
Mas ainda não era meu melhor.
E o erro era meu.
Era tempo de deixar de lado os temores e mergulhar profundamente em mim. Em busca de conhecimento e reflexão.
Sim, eu posso fazer melhor. Pensava em dividir a vida, os problemas, as indecisões, os medos, os acertos, os livros com alguém.
Estava errada. E o erro era meu.
Eu preciso sempre das pessoas. Talvez não hoje, ou amanhã, mas precisarei eventualmente.
Mas eu aprendi a lição. Antes de precisar de outros, eu preciso de mim.
Ontem, hoje e sempre.
Sei que há dias que parece que nada dá certo. As emoções estão bagunçadas, e tudo que queremos é um pouco de colo para um choro contido e um pouco de atenção para esses terrores se dissiparem.
Todas as filosofias e religiões pregam que é sempre bom ter pessoas que te fazem bem por perto.
Mas você jamais atrairá pessoas assim para você, se não se regozijar-se em si mesmo antes.
Um apoio, um ombro um colo. De vez em quando, não sempre.
E esse erro foi meu.
Não dependa de ninguém além de si mesmo. Entre precisar e depender existe um grande penhasco. Respeite a diferença para poder entender como funciona e ver que dá certo.
Olharei para minha postura com mais atenção. Velarei por mim com mais cuidado. Antes de permitir que outra pessoa faça isso comigo.
Agradeço aquelas palavras duras que ouvi, ecoando dentro da minha mente. Horas e horas, meditando, refletindo. Sim, foram de serventia. Me deram uma dura lição, que me impôs a condição de nunca mais confiar plenamente em alguém.
Não guardo rancores e nem mágoas. Não sou vingativa, não vou beber o veneno esperando que o outro morra. A vida se encarrega de dar lições, tardias ou não, para todos, sem exceções. Foi assim comigo.
Não ouvirá as mesmas lamentações, dia após dia, desse alguém doente. A cura para minha doença não estava nos sentimentos, nem nas pessoas, estava em mim.
E eu era forte o suficiente para enfrentar isso. Eu tinha o grão de fé. A vida tinha me feito rastejar durante muito tempo. Era hora de levantar e olhar em alguma direção.
Se haverá alguém ao meu lado para dividir esse olhar, deixarei o destino se encarregar disso.
Não falo nada mais sobre o que é precioso para mim. Será preciso bem mais do que simples curiosidade para se descobrir.
E o erro desta vez não é meu.

Kelly Christine.


23 de abr. de 2013

O Sonho Final.


Para ler com os olhos do coração.

Relato de um sonho.

O anjo que sempre te protegeu, cuidou de você, estava ao seu lado nas horas certas e incertas, te olha com ternura.
Um pequeno anjo feio, de longas asas, feitas de amor, carinho e compreensão.
Sem uma explicação lógica, no meio daquilo que seria apenas uma simples conversa, em um gesto de fúria, você arranca as asas do anjo. Despedaça com ódio, rancor, os olhos fervendo de uma cólera que toma conta de seus gestos, não há limites para sua raiva.
O anjo nada diz ou faz. Sente a dor e o sangue escorrendo no corpo, o coração também despedaçado. Continua te olhando com ternura, agora chorando. Nenhuma palavra dita, nenhuma reclamação, nenhum gesto para evitar tamanho morticínio de suas asas que só tinham como finalidade alcançar e proteger os sonhos. Seus e dele.
E você continua arrancando despedaçando e mais e mais as asas do anjo. Com fúria, violência, que deixam sua respiração ofegante e seus pensamentos turvos. No pequeno anjo feio, escorrem lágrimas de sangue por seus olhos. Estes mesmos olhos que veem e não entendem o porquê de tanto ódio, de tanta raiva de alguém que só retribuiu tanta dor com afeto.
Após tempos de trabalho, as asas não existem mais. Você para e tenta recuperar o fôlego, parece satisfeito com o que vê. O anjo olha para o chão, vê as pequenas penas espalhadas, cobertas pelo sangue dos justos. Nas costas, os ossos expostos, só afirmam o que uma pessoa movida pela raiva é capaz de fazer. Toca de leve os ombros e se encolhe diante da dor. Um suspiro de resignação se faz ouvir. O anjo feio já tinha vivido algo assim, porém nunca a ponto de sofrer tamanha agressão.
O anjo ainda te olha com ternura. Sabe que aquele é o seu fim, o outro anjo de asas cinzas vai vir buscá-lo em breve e para sempre. Você não é capaz de encará-lo, mas não se mostra arrependido pelo que fez. Dá os ombros em um gesto de pouco caso e vira as costas para não precisar encarar o horror que acabou de causar. Era valente quando tomado pela raiva. Raiva essa que sempre nos leva onde não devemos ir.
Com um olhar singelo, um sorriso desprovido de felicidade, e grandes lágrimas que cobriam agora seu rosto, junto com o sangue, o anjo disse apenas o seguinte:

- Obrigada por tantas lições diante do caminho que escolhi trilhar.
Tentei seguir com fé, escrever meus passos em nome de um sentimento que só existia em mim.
Abençoados são aqueles que podem contar com pessoas leais. A lealdade é o gesto mais puro que as pessoas podem partilhar entre si.
Eu fui leal a você. E ao que eu sentia. Até agora.
Não fiz cobranças, não exigi nada e nem pedi nada em troca. Apenas que você enxergasse em mim o que eu supunha que faltava em você.
Mas nada te falta. És autossuficiente e sei que não precisa de mim ou das minhas asas para viver. Sei que não precisa de nada além de si mesmo.

O anjo com grande dificuldade se abaixou e pegou uma pena. Era uma das milhares espalhadas, mas uma das poucas sem estar pintada com as manchas de sangue. Caminhou cambaleante em sua direção, tomou-lhe a mão e lhe entregou a pena.

- Isso é parte daquilo que fui um dia. Isso é tudo que restou de mim.

Neste momento, um grandioso anjo negro com enormes asas cinzas e olhos vermelhos surgiu. Carregava seu grande cajado preto e tinha um semblante pesado e rude. Falou sem cerimônias:

- É chegada a hora.

O pequeno anjo feio tocou os dedos ensanguentados no seu rosto. Sentiu o calor que sabia que nunca mais sentiria e jamais esqueceria. Olhou no fundo de seus olhos para que ele visse o que ainda existia em seu coração despedaçado.

- Adeus à metade de mim, então adeus a mim mesma.

Como uma névoa densa em uma manhã fria, sumiu diante dos olhos de seu agressor. Você ficou com apenas aquela pequena pena na mão, todas as outras haviam sumido, com os pedaços das asas do pequeno anjo feio. Era como se nada tivesse acontecido.
Respirava aliviado. Sentia que tinha feito o que era certo, geralmente o que a vida impõe que seja correto. Faria feliz quem estava em sua volta.
Prosseguiu a vida. Afinal ela não para e não depende de sentimentos.
E esqueceu por completo a única coisa que não o tornava só uma pessoa. Tornava um humano.
Fim.

Kelly Christine


22 de abr. de 2013

Minhas Músicas Preciosas...[23]


É...

Meu amigo leitor...
Eu deixo as músicas falarem sempre e toda vida por mim.
E continuarão falando, mas como foi visto no texto anterior, não será por muito tempo.
Adiante...
Esta música em especial surgiu da necessidade de me exprimir além das palavras.
Música é uma expressão da alma. Senti imenso orgulho de aprender estas e outras coisas com alguém que não existe mais.
Que a vida tenha piedade de mim e não protele a minha dor,
Porque as minhas asas... ela já quebrou.


À Sua Coragem.


Eu vim só para agradecer.
Foram lágrimas solitárias que ninguém traduziu.
Fui eu, rescrevendo uma história que já tinha um final.
Talvez a esperança do tamanho de um grão de areia que milagres acontecem,
E sonhos se realizam.
Eu só vim para agradecer.
O coração forte e bravo merece meu aplauso único.
Lutou até quando não tinha forças.
Acreditou quando todos disseram que não. Foi destruído, reconstruído e destruído por tantas vezes.
Manteve-se firme. Acreditou ser dono da própria vontade.
Promessas quebradas, sonhos vazios.
Obrigada meu coração.
Você foi mais valente do que eu própria.
Exauriu sua energia, pensou ser especial por ser diferente.
O único capaz de enxergar as cores em um mundo tão negro.
Pagou pelos erros que não cometeu.
Sofreu em silêncio as injustiças que enfrentava.
Pediu paz à minha alma e sensibilidade à minha mente.
Eu só vim para agradecer.
Mesmo não restando nada de mim, tu me levaste a lugares que sinto orgulho de dizer que estive.
Moldou meu caráter, me transformou no que sou.
Posso não ser um exemplo de nada, mas posso dizer que sempre te segui e sempre te escutei.
Meu coração, porta da minha alma.
A voz de Deus fala através de você, continuarei te ouvindo.
Não importa quantas vezes nós choraremos juntos, só nós dois, como sempre, né?
Não importa quantas decepções e desilusões ainda viveremos.
Buscamos nossos sonhos, se esse é preço, nós lutaremos.
Estou com você até o fim.
Te seguro entre minhas mãos agora.
Sei da sua dor, mais uma vez partido, mais uma vez sem entender o que fez de errado.
Tenha fé meu querido. Ele não nos abandonaria a caminho de nosso destino.
Aguente firme só mais esta vez.
Busque forças onde não há nada.
E continue a caminhar... Mesmo que seja em direção a lugar algum.
As pessoas te criticam porque não te conhecem. Não sabem das tuas dores, não entendem sua angústia.
Tudo acabará bem, sei que um dia acabará.
De qualquer forma, toda historia precisa continuar.
Se esse é nosso fim meu coração, eu lutarei ao seu lado, pois confio em você.
Se for para morrer pelo que acreditamos.
Continue respirando, meu coração.
Não me abandone agora.
Sei da sua dor, de seus espinhos, de seu sofrimento, da sua exaustão.
Não está sozinho agora meu amigo, nunca esteve. És o único amigo que tenho, não me deixe sozinha agora,
Sozinha, no escuro.
Eu sozinha não terei em quem acreditar, além de você.
Estamos juntos, até o fim.
Eu só vim para agradecer.
Meu coração, você foi o mais valente dos guerreiros,
O mais bravo dos justos,
O mais corajoso entre os reis.
Morre lentamente agora, o corte profundo, a ferida que sangra.
Tenha calma, meu coração.
Me conheces melhor do que qualquer um, sabes que nunca te deixarei só.
Morre lentamente, e eu aos poucos também vou sumindo.
Porque esta história está chegando ao seu final.
Entre meus dedos, o coração despedaçado sangra.
Vejo minha vida também se esvaindo.
Obrigada meu coração.
Fomos fiéis... Um ao outro... Até o fim.

Kelly Christine.


19 de abr. de 2013

Resignação.


Quando você vê tantas situações mudando a sua essência, você também não se pergunta: será que o erro foi realmente meu?
Foi.
Nada do que eu fale fará diferença agora.
Só Deus sabe o quanto doeu ler e ouvir tudo aquilo. Uma voz repetida ecoando dentro da minha cabeça.
O coração fora do corpo.
Eu tento segurar um choro preso na minha garganta. Uma luta de grande bravura, digna de narrativas medievais.
E eu me defendendo de mim mesma.
Perdi o sono, perdi a noite.
Perdi bem mais do que isso, mas agora era uma causa irremediável.
Vejo por entre meus dedos todas as palavras que tentei dizer,
Todos os desejos que eu tentei fazer,
Todos os sentimentos que eu tentei manter.
Tudo se esvaindo. Um grão de nada, foi tudo o que restou.
E ainda tenho que manter o papel.
O sorriso no rosto como se nada estivesse acontecendo.
A pergunta que alguns fazem “tá tudo bem?” respondida com uma mentira: “sim, está.”
O silêncio que se faz cada vez mais presente e cada vez mais frequente.
As chagas da alma surgem pelo corpo, vez ou outra.
Eu não as evito mais.
Não queria terminar a vida sem antes ter realizado os pequenos sonhos que me levavam ao sorriso fácil.
Mas não questionarei o destino se ele fizer a gentileza de me tirar de cena para sempre.
Questionar é algo que não tenho feito mais.
Nem as pessoas,
Nem a mim.
Muito menos a vida.
Tudo que está acontecendo agora, foi movido por alguma razão.
E essa razão derivou de uma escolha feita antes.
Questionar depois da decisão tomada é o mesmo que assoprar depois do arranhão ferido.
Pode aliviar momentaneamente, mas não muda a dor.
Se a dor não pode ser mudada, aceite-a. E aprenda a conviver com ela.
Os olhos refletidos no espelho conotam uma sombra que não via há muito.
Os sulcos mais profundos, a profundidade do olhar mais triste.
Os olhos, janelas da alma.
Se me olhassem bem no fundo, sem a curiosidade, apenas a preocupação, perceberiam o que há em mim.
Ou melhor, o que falta em mim.
A ausência de tudo que se esvaiu, um vazio que nem muitas coisas juntas, mesmo sem se encaixar, não preenchem.
Eu não desisti de tudo.
O tudo desistiu de mim primeiro.
Não é que eu não queira lutar.
Só não há mais o porquê da luta.
Eu e a minha incapacidade de me por no lugar das outras pessoas.
Isso explica tudo.
Eu antes fazia as pessoas o que eu queria que elas fizessem por mim.
Percebo que sempre acreditei fazer o certo. Mas esse certo não era suficiente.
Uma pessoa pequena pode se sentir grande quando humilha um alguém maior em tamanho.
Eu só não queria ser essa pessoa maior.
Porque eu não me lembro de ter feito nada semelhante.
Mas sim, devo ter feito.
Afinal, eu não cresci neste aspecto.
Pensando dessa forma, eu só cresci em um único aspecto.
O de manter cada vez mais em silêncio.
Quanto maior for a dor.
Depois de tantos adjetivos negativos que venho recebendo, tenho procurado mudar minha postura.
O que antes fazia as pessoas sorrirem, hoje faz elas pensar.
Toda a filosofia fala que devemos mudar o que nos incomoda.
Nem sempre isso é possível, principalmente quando envolve outras pessoas além de você.
De uma coisa é certa.
Não responsabilizo o destino pela minha incompetência e pelos meus fracassos.
Só aceito.
Palavra de ordem: resignação.

Kelly Christine

18 de abr. de 2013

A palavra de Quatro Letras...


Uma junção de pequenos acontecimentos que se sucessivamente foram moldando o meu caráter.
Meus queridos leitores, a história é longa, os acontecimentos são dolorosos, e a mudança foi brusca.
Não posso afirmar se foi necessária, mas aconteceu, independente de minha vontade.
Me vi sozinha em várias situações que rezei a Deus e aos deuses para não permitir que acontecessem comigo.
Não foi uma opção.
Nunca é uma escolha.
Não sinto o que gostaria de falar.
Não posso falar o que realmente sinto.
Tenho ficado em silêncio por muitas horas a fio, conversando com o meu coração, revisando meus pensamentos.
Revendo minhas memórias.
O tempo tem passado, impiedoso senhor do tempo, que não espera ninguém. Você age, ou fica para trás.  Você não age e perde oportunidades.
Com tantas expectativas frustradas, é improvável crer em algo novo.
Com tantos sonhos que nunca sairão de lugar algum, uma pessoa tenciona a dificilmente ver perspectivas além dos próprios passos, um seguido do outro, pelo caminho cheio de pedras, pela estrada cheia de espinhos e em companhia do próprio medo, mantendo aquele único grão de fé.
Sigo agora desta forma. Evito aquela palavra de quatro letras, que fez tanto pela minha vida, que me levou a tantos lugares, e não me deixou em canto algum. Uma palavrinha tão pequena, um sentimento tão grande, a razão de eu continuar existindo. Não falo mais, me proíbo por vezes e vezes. Quero voltar a sensibilidade de antes, sei que está perdida em algum lugar, mas não consigo mais confiar nas pessoas, então me reservo em silêncio.
Sei seu significado.
Sei o seu poder.
Queria que ela fizesse por mim, o que eu fiz por ela.
Não, não vou discutir com o senhor do tempo.
Então preciso esperar. Pelo próprio tempo dentro de mim, amadurecer.

Kelly Christine

16 de abr. de 2013

O Senhor do Tempo...


Se estou perto de encontrar minha paz?
Espero que não.
A vida é uma eterna procura, um frenesi constante em busca da paz interior.
Se eu encontrar o que tenho buscado por tanto tempo, é sinal que a vida chegou ao fim.
Fiz o que meu coração considerou como certo.
Fiz o que minha mente não questionou.
Paz? Não, não.
Talvez uma tranquilidade de que as coisas que não tem remédio, remediadas estão.
Eu decidi não discutir com o Senhor do Tempo.
Não fui condizente, apenas prudente.
Quem tem o maior poder, merece o respeito de quem não tem.
O tempo tem o poder. Pelo menos de tirar de foco o que nos incomoda.
Então, para não causar dores desnecessárias, resolvi não discutir com ele.
Onde está a menina apaixonada, cheia de sonhos e lágrimas que não suportava a solidão?
Continua no mesmo lugar.
Continua apaixonada e cheia de sonhos.
Lágrimas? Só quando forem extremamente necessárias, e nunca na frente de alguém.
A solidão? Bem, todo mundo nasce e morre só. O que fazemos no intervalo é consequência de nossas escolhas.
Resolvi abraçar a serenidade de estar só. O destino continua sendo inexorável, então será uma perca de tempo e energia, não esperar os ventos mudarem ao meu favor.
Esperar pacientemente por um novo dia...
Vivê-lo profundamente, como se fosse único.
Dormir e me permitir ser o que quiser nos meus sonhos.
Porque os sonhos são meus e só eu sei o quão trabalhoso é mantê-los vivos em mim.
Eles estão vivos, junto com as minhas emoções.
O meu jardim mais bonito, guardadinho, protegido.
O meu tesouro mais precioso, não pode mais ser exposto sem uma razão.
Como disse a um amigo ontem, é impossível você querer cuidar de alguém se for incapaz de cuidar de si mesmo.
Cuido de mim, pois não há ninguém melhor do que eu para esse cuidado.
Por favor, não se iludam pensando que existe alguma pessoa que fará isso melhor por vocês do que vocês mesmos.
E então, por várias vezes, tive discussões homéricas que me levaram a apenas um consenso.
Para ser verdadeiro, tem que ser recíproco.
Será recíproco quando houver uma entrega.
Só acontecerá uma entrega se você inspirar total confiança e respeito.
Só existirá confiança e respeito se a outra parte cuidar com dedicação.
Por fim, para que esse cuidado e dedicação com o outro sejam profundos, você terá que cuidar muito bem de você primeiro.
Hora de mudar? Só se te fizer bem.
Uma coisa eu posso garantir.
Está na hora de sair da inércia e fazer algo.
Porque o Senhor do Tempo não perdoa os que ficam parados esperando ele modificar as coisas, sozinho.
Eu comecei a fazer algo.
Ontem.
Porque o que achei correto fazer ontem, eu fiz.
Hoje é dia de novas decisões. E novas ações.
Aprenda a ignorar muita coisa. Em nome do que te faz bem.
E um conselho importante:
Faça do Senhor do Tempo seu aliado, nunca seu inimigo.
Afinal, a única pessoa que tem a perder com ele é você.

Kelly Christine


15 de abr. de 2013

O destino inexorável.


Eu não posso mudar uma pessoa.
Às vezes, não posso mudar nem a maneira de vê-la.
O destino é inexorável e tudo termina em lágrimas... Sempre.
Sorrir... Não é uma tarefa fácil.
Fingir que está tudo bem, impossível.
Não consigo ser tão hipócrita assim, não consigo deixar de sentir o coração arder, em silêncio, e fingir que não é comigo.
Tudo em minha volta tem desmoronado aos poucos.
Tudo tem sido difícil. Até mesmo respirar.
Uma dor constante. Sempre mal interpretada, sempre desprezada.
Uma amiga me disse que não existe coisa mais dolorosa que a indiferença.
Eu tenho que concordar com ela. Sentir-se embaixo do frio de um olhar,
Ser abandonada, sem ao menos poder se explicar,
Ser julgada, sem ao menos ter feito algo. Ser culpada até mesmo daquilo que não cometeu.
E o coração continua a arder...
O desprezo é algo que eu não concordo.
O orgulho é algo que eu não possuo.
Então, o que fazer? Faço o que é certo?
Faço o que o meu coração manda, ou me decepciono ainda mais com uma resposta?
Queria alguém pra me aconselhar, ao invés de me dizer o que não quero ouvir,
Ou será que justamente o que não quero ouvir, é o que precisa ser dito?
Eu preciso fazer algo a respeito.
Pensarei no que.

Kelly Christine