29 de nov. de 2010

Águas Corridas...

Nossas preces, atendidas
Eu não queria parar
Era paixão, era amor, era alegria
De novo a me encontrar

Eu te queria como sempre quis
Perto do meu coração
Uma oportunidade de eu ser feliz
Não iria perdê-la em vão

A água percorria o nosso corpo vivo
Que emanava um para o outro calor
Nossos olhos agora sorrindo
Eram cúmplices do mesmo amor

Mas agora a tarde caiu
As estrelas desapontam no céu
Quando teu rosto me sorriu
E da tua boca senti o gosto do mel

Um sonho, que como todos, teve o seu preço
Mais um instante se passou
Foi tão bom o recomeço
Foi tão bom que pouco durou

E um dia... toda minha vida acabou
Dolorosa foi a partida
De um amor que para sempre mudou
O que mais bonito eu tinha na vida...

Kelly Christine

26 de nov. de 2010

Dividir a mesma alma...

Uma alma, dois corações
Um sentimento, muitos sorrisos
De quem esperou várias estações
Para encontrar o paraíso

Foram muitos desencontros, palavras perdidas
Que buscavam em vão o caminho
E em vão tentavam evitar a partida
Para não ficar mais sozinho

Pedras que se quebram
E muralhas caídas em mim
Olhares que se desesperam
Vendo de perto mais um fim

Eu preciso apenas de um sorriso
Para deixar se esvair toda a dor
De quem sentia distante o paraíso
E hoje vive só no amor

Tuas palavras calam minha alma
Pedem segredos ao entardecer
Tudo dividindo palavras
Perdendo o que não queria perder

Doces momentos fazem parte das minhas lembranças
E beijos que dividi com você
Travessuras de duas crianças
Que sonham com o mesmo viver...

Kelly Christine

25 de nov. de 2010

Capricho da Tua vaidade...

Tive o coração amaldiçoado
Pelo desejo do teu amor
Que nunca foi perdoado
Não conhece mais o ardor

Roubou-me os beijos
E o coração
Realizou teus desejos
E deixou meus sonhos numa prisão

Hoje ainda espero
Na escuridão
Os sonhos que com tanto esmero
Perderam-se na solidão

O dia que você me sorriu
Foi o mesmo em que você me deixou
Nada disse quando partiu
Nem se lembrava que um dia me amou

Recordo com pensamentos tristes
Meus pedidos de reconciliação
Acreditando num amor que existe
E para ti era pura ilusão

Eu era apenas tua vaidade
Que tu pediste para entender
Transformou minha felicidade
Numa realidade, dura de viver...

Kelly Christine

24 de nov. de 2010

Humor...

Pequenas doses de humor são boas em meio há tantas historias de amor perdidas... Vcs verão coisinhas como estas aqui sempre...vasculhando a net. =)


Por quê?

Foi tão ruim aprender a amar
Tudo que sei é chorar
E me perguntar por que
Por que te amo e só sei sofrer?

Tudo que aprendi foi a dor
Tudo que sinto agora é um torpor
E perguntar por que
Por que achou que eu não iria te querer?

Tudo que vejo são lembranças
Meus sonhos de criança
Perguntando-me por que
Por que você não me deixou viver?

Tudo que dói está no coração
Que chora na solidão
Se perguntando por que
Por que não fez nada para não te perder?

Tudo me leva viver essa vida
De caminhos que não me mostram nenhuma saída
E perguntam por que
Por que me fez amar você?

Tudo que me entristece tem nome de amor
Não me trouxe nada, me fez conhecer a dor
Ainda me pergunto por que
Por que você foi embora e não me ensinou a te esquecer?

Kelly Christine

22 de nov. de 2010

Humor

Alma pequena...

Se nesse mundo só existe razão
Se as pessoas não sabem o que é perdão
Não há razão para viver
Ou pelo menos para continuar a crescer

Se a vida é tão ruim
Se não te ensinaram o que é o fim
Se todas as pessoas se põem a chorar
Se perguntando onde está o amar

Ela te ensinou
Que tudo que passou, passou
Não existe razão para lutar
Sonhos só servem pra sonhar

Do que adianta o imenso sol lá fora brilhando
Os pássaros felizes cantando
Dentro do ser humano só existe a agonia
De não poder modificar a sua vida vazia

Então é isto que deve aprender
Pouco importa se você ganhar ou perder
Para que lutar? Nada valerá a pena
Pagando um alto preço por uma alma pequena

Amor, nada aprendi contigo
Este será para sempre meu castigo
A certeza que lutei e perdi
O maior amor que já conheci...

Kelly Christine

18 de nov. de 2010

Sobre deficiência, debilidade e FÉ.

Esse texto é dedicado as pessoas que possuem tantas dúvidas quanto eu, mas não deixa de ter a fé minúscula, porém que move montanhas. Às vezes, essa fé também se questiona. O ocorrido comigo ontem, toca num tema delicado, e a minha opinião retrata apenas o que penso e acho não que seja a correta, mas a que eu acredito que seja. Mais um capítulo da novela da vida real.

Ontem saindo do trabalho, aciono o botão do elevador para descer e ir para casa (existem 03 elevadores e eu trabalho no 08º andar de um edifício comercial). Quando este para no meu andar e abre as portas, vejo um senhor numa bengala se espremendo num canto, uma jovem aparentando seus 20 e poucos anos e uma garota, numa cadeira de rodas. O elevador não é tão grande, a jovem puxou a cadeira da garota, deixando-a rente a parede do elevador, criando um desconforto para aqueles 03 passageiros. Agradeci o trabalho e preferi tomar o próximo. Realmente não seria tão demorado esperar mais 02 ou 03 minutos pelo próximo elevador e deixar aquele trio fazer a sua curta viagem com o mínimo de conforto, eu esperaria, não haveria problemas com isso Eles agradeceram e seguiram a viagem, acionando o botão de térreo mais uma vez. Situação cotidiana, o amigo leitor acha, se não fosse por um detalhe: a garota na cadeira de rodas. Quando fitei o seu semblante, identifiquei na hora: não se tratava só de uma deficiência física naquele ser pequeno, de alto dos seus 07 ou 08 anos, com certeza havia aí uma paralisia cerebral, essa deficiência que deixa as pessoas vivendo um mundo a parte do nosso.
Esperei pacientemente o outro elevador, e quando este chegou ao meu andar, recostei em sua parede, mp3 nos ouvidos, meditei: porque existem seres assim? Por que existem pessoas assim? Por que permitimos que pessoas vivessem, às vezes com tantas limitações que chegam ao estado vegetativo, às vezes, num mundo tão a parte que simplesmente ignoram a nossa existência, Por quê? Aí chega o ‘X’ da questão: “POR QUE DEUS PERMITE QUE PESSOAS ASSIM EXISTAM?”
Você deve estar se perguntando (como eu me perguntei) de tantas coisas: acidentes que removem as pernas de um atleta ou o braço de um pianista, quando não lhe tiram a vida. Crianças lindas, cujos pais tiveram tantas decepções, tanto trabalho e um alto custo com inseminações, tratamentos de fertilizações, para no final das contas herdarem uma doença genética causadora de uma debilidade mental ou física. Onde termina a responsabilidade humana sobre esse mal (se é que podemos considerá-lo assim) e começa a responsabilidade Divina nisso? Será que Ele estaria testando nossa fé, nossa capacidade de cuidar de pessoas assim, que exigem atenção, carinho e afeto redobrado?
Durante a minha curta viagem de elevador, pude pensar nessas perguntas principalmente, tentando entender o que poderia causar, e qual seria a relação entre esses acontecimentos e a nossa fé. Algum castigo numa vida anterior? Na atual? Seria REALMENTE um castigo? Se na natureza não vemos esse tipo de problema acontecer (não pelo menos do jeito que conhecemos), por que entre os humanos isso ocorre? Ao chegar ao andar térreo, ainda pude contemplar o trio ao qual tinha falado há pouco. A garota na cadeira de rodas, paralela à conversa que a mãe (acredito que a jovem seja mãe da garota) tinha com o porteiro do edifício e o senhor na sua bengala (que acredito que seja pai da jovem, devido às suas semelhanças físicas). Era uma conversa animada de final de expediente. Despedi-me deles com um educado ‘boa noite’ e segui o meu caminho para o ponto de ônibus. Mais um dia de trabalho havia sido concluído. No ponto, me dei por satisfeita pelo menos em algumas das minhas questões: ao sair do edifício a garota me olhou e da sua maneira esboçou um sorriso, de leve, de acordo com que podia permitir as suas limitações. Aquele sorriso pra mim, respondeu uma parte de minhas perguntas: não importa de que maneira uma pessoa chegue até você. O que importa é como você será capaz de amá-la. Talvez esse seja o grande desafio: amar até aqueles que seus olhos e sua cultura dizem que não merecem ou não podem. Obrigado Senhor, às vezes julgamos as pessoas pelo que parecem. Esquecemos de olhar seus corações e descobrirem como verdadeiramente são. Mas ainda fiquei com perguntas. Guie-me até as respostas certas.

Kelly Christine.

Pessoas...

Quando se ama
Ama-se para querer
A pessoa que teu nome chama
E não pára de sofrer

Encontra o que perdeu
Perde o que encontrou
O coração que era meu
O sonho que acabou

Triste em se viver
Essa vida sem precisão
Uma pessoa que quer crescer
E não tem coração

E em pedaços o meu ficou
Tentando entender as palavras
De quem de repente entrou
Com pensamentos mudos e atitudes caladas

Pessoas são pessoas
Esse é o destino de quem escreveu
Difícil encarar o vento que assoa
E admitir que perdeu

Perdi, e não sei o que fazer
Apego-me a coisas sem sentido
Lembrando com tristeza o entardecer
Coisas que você falava ao meu ouvido

Passado distante agora parece
Por nuvens escuras meu pensamento me guia
Teu rosto triste, pedindo numa prece
Para voltar no tempo em que você sorria

Tudo lembranças
E nada mais
Fui uma criança
Atrás de um sonho que não aconteceria jamais

Com toda tristeza vivi
E na solidão acabei
Enfim foi duro, mas aprendi
A amar, mas do que já amei...

Kelly Christine


17 de nov. de 2010

O amor é outra coisa

Passeando pela rede, achei esse post. combina bem com o momento. Vale conferir.

A Árvore de Natal... ='(

Se eu pudesse escolher entre um pesadelo e a vida que eu levo hoje, tranquilamente eu escolheria o pesadelo. Lá, pelo menos, eu teria chance de acordar. Com essa frase polêmica eu inicio o texto de hoje. Fala da mesma rejeição de amor, mas de outro tipo de amor, do amor de família.

Eu estava até tranqüila quando cheguei do trabalho. Tomei o meu banho, estava sossegada, quando surgiu a bendita idéia do espírito natalino (já que estão tão próximas as festividades). Queria ter a chance, depois de tanto tempo, de estreitar o abismo que tinha aberto entre nós, quem sabe eu finalmente teria o meu Natal “FAMILIA CHESTER PERDIGÃO”. Eu tinha acabado de pegar um encarte de uma grande loja de departamentos, onde eles faziam as promoções dos enfeites e artigos de Natal. Não custava arriscar. O dinheiro na minha conta bancária estava curtíssimo, mas se obtivesse uma resposta positiva não mediria esforços pra fazer um sacrifício. Então minha ruína começou com uma frase sem maldade:
“Mãe, o que você acha de comprarmos uma nova árvore de Natal?”
A intenção era óbvia: há mais de 20 anos, eu decorava minha casa no Natal. Tarefa sempre solitária pra mim. Minha árvore atual, já tem mais de 10 anos, se desfazendo, os enfeites gastos, perderam o brilho com o tempo. Eu queria reaproximar a família, tentar construir uma ponte, para atravessar o cânion que se formou entre nós. Por que não no Natal? Afinal as famílias se aproximam, não é verdade... As famílias se aproximam... Dizendo essa frase agora, e passando pelo que passei ontem, tive certeza que a minha família se destruiu.
Ela tinha acabado de chegar do trabalho (que executa 01 vez por semana) como eu. Enfrentei 01 hora e 50 minutos dentro de um maldito ônibus apertado, com um tempo chuvoso e sufocante. Algum stress, com certeza, quem enfrenta um dia de trabalho logo após um feriado prolongado, acaba fazendo algumas coisas acumuladas. Mas eu acordei com a vontade de carinho e afeto, aquele afeto diferente de um homem e uma mulher: afeto de família. Todo dia, durante esses longos anos a fio, chegando do trabalho, eu queria voltar pra casa E ME SENTIR EM CASA. Sim, era a casa de meus pais. Mas até então era o único lar que eu tinha conhecido.
Ela começou a falar. Algumas frases: impronunciáveis. Todas elas me acusavam de ser uma exploradora, eu não arcava as contas dentro de casa, eu não sustentava o meu filho, eu não era bem vinda ali. Ela nunca deixaria de ‘comer’ ou ‘de se divertir’ pra comprar uma maldita árvore. Eu que ‘tomasse vergonha na minha cara’ e comprasse. Seria mais do que minha obrigação. Eu estava contando uma piada pra ela. Uma piada que sinceramente eu não tinha visto graça alguma.
E foi esse discurso, durante há meia hora que veio a seguir. Eu já tinha finalizado o banho, me permiti demorar ainda mais alguns minutos no chuveiro, para deixar as lágrimas se misturarem com a água. Não queria que ela me visse humilhada como eu estava. Meu pai, impassível como sempre, permaneceu imóvel, como se assistisse à novela que corria na televisão da sala. Eles se emocionam mais com aquela maldita caixa de metal na frente deles do que comigo aos prantos. Então prometi que nunca mais choraria na frente deles.
Já não basta as duras decepções amorosas ao longo de tantos anos, ainda me iludo com aquilo que tenho em casa. Aquilo mesmo. Não se revolte comigo, no meu lugar, você também não chamaria aquilo de família. Você chamaria essa pessoa de mãe? Pois é. O meu coração não desistiu, mas a esperança fraquejou demais, adoeceu, se quebrou. A raiz de tanta mágoa nesse relacionamento (se é que existe relacionamento) ficará para outro dia. Hoje, dei destaque a apenas, um dos motivos que me movem a querer distância da casa onde cresci e das pessoas que me deram a vida. Pois não me deram base nenhuma para enfrentar as situações que eu enfrento e ainda minam qualquer esperança de renovação de relacionamento. Isso não existe mais.
Sai do banheiro com os olhos vermelhos e me fechei no quarto. Esperaria meu filho chegar. É a única família que eu conheço. Seria por ele que mais um ano eu tiraria os enfeites velhos e sem brilho sairiam das caixas empoeiradas de cima do guarda-roupa. Seria pra ver, nos olhinhos de seus 05 anos de vida, o que eu procurei na pergunta para minha mãe: a esperança que o ano que vem seria melhor do que esse e que Papai Noel realizava os nossos sonhos e Jesus renovaria nossa fé com sua chegada. Fiz uma promessa para mim mesma naquele banheiro minúsculo, olhando para o espelho embaçado, os olhos vermelhos, uma sombra de dor: enquanto não pudesse morar num lugar onde eu pudesse chamar de MEU LAR, minha casa, por menor que seja, desconfortável, na favela, mas MINHA, não compraria uma vela sequer para celebrar o Natal. Não havia o que celebrar. Natal esse que nos últimos 05 anos, eu tenho passado sozinha, ora vendo ‘A Missa do Galo’ na TV, ora vagando pelas ruas, pois o hábito de se reunir à mesa e compartilhar a Ceia, tinha se desfeito por completo e o meu tão sonhado “NATAL CHESTER PERDIGÃO” ficou apenas nos meus sonhos, sonhos estes que sei, nunca se realizarão.
Algumas horas depois que meu filho já tinha chegado e já estava dormindo, fui à sala. Vi que eles já tinham se recolhido ao quarto. Peguei o encarte da loja e joguei no lixo. Nele estava tudo o que eu acreditava. Eu simplesmente o coloquei onde tudo foi parar...

Kelly Christine

16 de nov. de 2010

Minha mágoa...

Teu rosto, não contemplo mais
Tuas palavras não se dirigem mais a mim
Vida se desfez, vento que desfaz
Por que tudo tinha que terminar assim?

Cada um para seu lado
Dores e lembranças só em uma parte
Em lágrimas, um coração afogado
Que desistiu da felicidade

Você encontrou sua felicidade
E me deixou aqui
Sabendo só eu da verdade
Decidi partir

Cada palavra dita
Cada gesto seu
Uma vida para nós dois foi escrita
Destruída por um erro meu

Me senti violada
Arrancada dos meus pensamentos
Onde todos acham: ‘pobre coitada’
Não soube viver os seus momentos

Meus olhos podem chorar
Meu coração ainda te pertencer
Enquanto eu não desistir de te amar
Pra sempre vou continuar a sofrer...

Kelly Christine

Até o que não era meu...

Que amigo? Essa palavra não existe
Essa pessoa triste
Não sabe mais o que é viver
Sem ter o que sofrer

Chega! A vida é longa e grande é o mundo
Quero expulsar esse sentimento imundo
E essas coisas tristes que sinto
Detesto enganar, ao meu coração não minto

Fugir
Quero partir
Valorizar minhas palavras jamais
Contar os meus sentimentos nunca mais

Eu só chorei
Até pelos erros que não cometi, eu paguei
As pessoas te apresentam a falsidade
E te escondem a falsidade

Doeu
Tiraram-me os sonhos, meu coração sofreu
Não conseguirei mais ser feliz nesse lugar
Não adiantará mais lágrimas, não vou voltar

Tristeza, louca é essa minha vida
De tantas chegadas, e tantas partidas
Se lutar, aceite, não chore pelo que perdeu
Eu perdi, até o que não era meu...

Kelly Christine

12 de nov. de 2010

Minha história com o amor...(1)

E então... Aconteceu. É Sempre difícil falarmos de uma relação conturbada, com idas e vindas, procurando no outro aquilo que não encontramos em nós mesmos. Eu hoje quero falar sobre esse sentimento cheio de terminações nervosas, cheio de palavras complexas de definição, muitas cores, e que também trás muito sofrimento: sim, ele mesmo – o amor.
Amor aprendemos logo ao nascer: o carinho que recebemos de nossos pais, de nossa família e as lições de afeto e laços sentimentais são algo que ligarão vocês a sua família para sempre. Os primeiros traumas começam a partir daí. Por isso, se você tem filhos, cuidado de como lidam com suas crianças. Elas levarão por toda vida e carregarão na alma o que aprenderam com vocês, não só no quesito amor. Mas em todos os aspectos de relacionamento. Bem, isso ficará para um texto futuro. Falemos agora do amor como relacionamento, o amor de duas pessoas.
Quero garantir a quem lê que eu não tenho interesse em ensinar nem promover nada em relação a esse sentimento. O que posso dizer é apenas em relação às experiências que vivi e se por acaso houver identificação com elas, sinta-se à vontade para comentar. Vamos começar essa história então.
Conheci o amor, por acaso, numa esquina na minha rua, aos 10 anos de idade. Até os 14, fui sofrendo com aquele sentimento tímido, que olhava pra si mesmo e não via nada de interessante a oferecer a um cara mais velho, então com 18 anos de idade. Eu queria me declarar e não conseguia. Era aquele tipo de amor que a gente fica olhando para pessoa quando passa, se imagina de mãos dadas com ela, passeando com ela, mas nunca teve coragem de trocar uma única palavra. Um belo dia eu tive ajuda da amiga de uma amiga, que tentou me apresentar ao objeto de meus sonhos há 04 anos, porém esse mesmo se recusou a me conhecer. Olhou pra mim com desdém e vociferou a um grupo de garotos que acompanharam toda a cena de meu primeiro sofrimento: “Ela é tão feia e magrela! Não quero conhecer isso aí não!!!” Todos riram. Eu fui me esconder em meu quarto às lágrimas. Fiquei sem sair de casa durante semanas com vergonha de algo que eu não tinha feito, apenas, vergonha de mim. Tentei em vão falar com a minha mãe sobre a experiência traumática, ela me olhou com curiosidade e sarcasmo e disse que eu parasse de pensar nessas “coisas” que não eram da minha idade, eu tinha que pensar em bonecas e escola. Não eram da minha idade. É. Tudo isso em 1992, engraçado, olho para as meninas nessa faixa etária hoje em dia e vejo certa “malicia” que eu não tinha, os tempos mudam e as pessoas também, mas ainda gostaria de que elas mantessem aquela inocência perdida ao longo dos anos. Sempre assim, eu procurava fora o que não encontrava dentro de minha casa e fora dela era rejeitada pela cara de “nerd” e aparência “fora do padrão” que eu tinha. Foram anos difíceis e traumáticos, mas me ensinaram muita coisa. Justamente, esse fato pode ser considerado o pontapé inicial de meu estudo de fracassos, derrotas e algumas vitórias em nome do amor.
A garota magrela, franzina com cara de assustada, se manteve “nerd” durante toda a juventude. Isso dificultou muito os relacionamentos que vieram a seguir. Eu continuava bobinha e ingênua, e os rapazes sabiam “se aproveitar” bem desse tipo de comportamento.
Mais um tema para textos futuros (risos).  Seguimos adiante então.
O amor que eu mantive por aquele garoto na minha primeira experiência de amor (platônico), foi o que me define como pessoa hoje. Apesar da rejeição, eu continuei gostando do dito cujo, por mais 06 meses. Lógico, sem nunca conseguir olhar nos olhos dele e dos outros que foram testemunhas de minha humilhação pessoal, mas dentro de meu peito, uma tempestade de sentimentos me invadia, e sonhava acordada que ele viesse até mim e dissesse que era tudo uma grande brincadeira que me amava e que ficaria comigo para sempre. Eu só sonhei. Ainda sonho acordada a maior parte do tempo, ainda acredito que sonhos de amor podem ser possíveis, eu ACREDITO no amor, na real beleza da entrega de um coração por outro, simplesmente. Tudo, desde a minha criação até o crescimento como mulher me favorecia a ser uma pessoa descrente, fria e solitária. Mas eu não consigo e não sou assim. Sei que como qualquer pessoa eu tenho meus defeitos (que não são poucos e nem bonitos), mas quando se fala de amar eu gosto muito desse meu jeito: aquele que se entrega de olhos fechados, mesmo sabendo que isso possa ser a própria ruína. Falta um pouco disso nas pessoas hoje: não essa entrega sem precisão, mas a doçura nas palavras, a delicadeza nas atitudes ser mais HUMANO e menos artificial. Muito se fala no amor, versos rasgados, mortes encomendadas em nome dele, o amor em todos os lugares, de todas as cores, mas a pergunta que fica: será que amamos de verdade?


Continuing in the next chapters...

11 de nov. de 2010

Sobrevivente

Foi apenas o começo de mais um fim
De uma história de amor
Da mulher em mim
Tão cheia de dor

Palavras ditas, tão duras
Sentimentos em pranto esperando a volta
Daquela alma, doce e pura
Que hoje chora e se revolta

Eu te perdi tem te ter
Você me disse que eu não te conquistei
Como posso não sofrer
Pelo homem que eu mais amei?

Cada vez mais, eu desisto dos meus sonhos
Pra mim já não são tão importantes
Sinto em cada lagrima o abandono
Do desejo de fazer loucuras, por alguns instantes

E te vejo partir mais uma vez
Com um sorriso nos lábios; talvez um dia voltar
O teu olhar de satisfação, o coração se desfez
Não se sente mais capaz de amar.

Morrem na garganta, palavras emudecidas
Olhar agora distante, não consegue compreender
Como uma esperança quebrada e vazia
Ainda consegue sobreviver...

Kelly Christine

10 de nov. de 2010

Por toda vida...

“Tu me humilhaste mais de uma vez
Mas ainda te amo
E na hora de minha agonia, o coração se desfez
Pois é teu nome que ainda chamo

Tu me magoaste por toda eternidade
E me marcaste com uma grande ferida
Mesmo assim ainda és a razão de minha felicidade
E da minha vida

Tu não soubeste me amar
Ou corresponder ao sentimento que a ti eu dedicava
Não me deixaste sonhar
Mataste a pessoa que mais te amava

Tu só me fizeste chorar
E conhecer de perto o sofrimento
Achas que estou só a te acusar
Mas não conheces o meu tormento

Tu me amaldiçoaste
Com a pior das feridas
Pois sei que nunca me amaste
Mas me condenaste a te amar, por toda vida...”

Kelly Christine