O que decidir da minha vida?
Eu escrevo, filosofo, poetizo
Sem nenhuma esperança desse inferno virar paraíso?
Viverei em eterno pesadelo?
Olhei tantas vezes pra dentro de mim
Partida de lado a lado
Tempestade sem fim
De volta ao começo
Flores murchas no jardim
Cultivado com tanta dor
Por que tem que ser assim?
Presta atenção aos detalhes:
Onde estão meus amigos?
Onde me refugio quando a dor me atormenta?
A quem confesso quando o coração não agüenta?
A poesia dá voz ao que o coração cala
Ver que tudo na verdade... se tornou um grande nada
As pedras no caminho, os desvios na estrada
Não me levaram a lugar algum.
Não tenho recanto
Queimo o rosto em lágrimas que ninguém há de ver
Sem esperança no amanhã
Contemplo o amanhecer
O que fazer da minha vida?
Queria sentir as flores que me velam
Esperança perdida
Dos sonhos que não mais esperam
Atendendo um único desejo, o último, é o fim
O silêncio que aconteceu
Não pulsa mais o coração atado em agonia dentro de mim
Anuncia notícia esperada: sim ela morreu
Outra dona terá as flores do jardim
Mais brilho que o destino prometeu
A alguém que mereça sorrir
Mais do que eu.
Kelly Christine
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