31 de jan. de 2013

Para refletir... Apenas...


Hoje tirei o dia para refletir. A seguir, pequenos trechos retirados do livro “Maktub” de Paulo Coelho. Histórias de sábios, filósofos e gente comum, que tem algo a nos ensinar. Por menor que seja. Segue:

O mundo é um espelho
Compadecido com a pobreza do rabino Jusya. Ephraim colocava diariamente algumas moedas debaixo da sua porta. E reparou que, quanto mais dava, mais dinheiro ganhava. Ephraim lembrou-se que o rabino Baer era mestre de Jusya. Viajou para Mezritch e cobriu de presentes o rabino Baer. A partir daí, sua vida piorou e quase perdeu tudo. Procurou Jusya e contou o ocorrido. "È simples", disse Jusya: "Enquanto davas sem pensar em quem recebia, Deus fazia o mesmo."
Paulo Coelho – Maktub

A Mulher Perfeita
Narsudin conversava com um amigo: "Então, Mullah, nunca pensaste em casamento?"."Já pensei. Em minha Juventude, resolvi fazer uma viajem para conhecer a mulher perfeita. Em Damasco, conheci uma mulher espiritualizada e linda, mas ela não sabia nada das coisas do mundo. Em Isfahan, encontrei uma mulher que conhecia o reino da matéria e do espírito, mas que não era bonita. Então, no Cairo, jantei na casa de uma moça bonita, religiosa e conhecedora da realidade material". "E porque não ser casou com ela?". "Ah, infelizmente ela também procurava um homem perfeito".
Paulo Coelho – Maktub

O julgamento Alheio
É fácil julgar os outros. Enquanto Nikita Kruschev denunciava os crimes de Stalin, no congresso do Partido Comunista, alguém gritou: "Onde estavas durante o massacre dos inocentes?" "Levante-se quem disse isso",pediu Kruschev. Ninguém se mexeu. "Seja você quem for, já respondeu a sua pergunta", continuou ele. "Naquele momento, eu estava na mesma posição em que você está agora".
Paulo Coelho – Maktub

Atenção e Calma
A Jornalista Belisa Ribeiro se arrumava para ir a uma festa, quando olhou no espelho. Ela tentava equilibrar nas mãos batom, blush e rímel. "Por que seguro tantas coisas, se só posso usar uma de cada vez?", se perguntou". Larguei tudo e comecei de novo. Tentei me lembrar de quando agi assim, vivendo um momento, pensando em outro. Prometi que cada minuto de minha vida teria sua benção, estaria concentrada nela.
Paulo Coelho – Maktub

Lição de vida
Um velho, ao se aposentar, comprou uma fazenda para que seu filho administrasse, e resolveu passar seus dias na varanda. O Filho trabalhou durante três anos e ficou com raiva: "Meu pai não faz nada e ainda tenho que alimenta-lo".Construiu uma grande caixa de madeira, foi até a varanda e ordenou: "Entre aí". O pai obedeceu. O filho colocou a caixa no carro e dirigiu até a beira de um precipício. Quando ia jogá-la, escutou a voz do pai: "Filho, pode atirar-me no despenhadeiro, mas guarde a caixa. Você está dando o exemplo e seus filhos vão querer usá-la com você".
Paulo Coelho – Maktub

Do mestre arqueiro
Um arqueiro caminhava pelas redondezas de um mosteiro hindu quando avistou alguns monges no jardim bebendo. "Como são cínicos aqueles que buscam o caminho de Deus!", disse o arqueiro ao ver a cena: "Ficam dizendo que a disciplina é importante, mas se embriagam ás escondidas", exclamou. "Se você resolve disparar cem flechas seguidas, o que acontecerá com seu arco?", perguntou o mais velho dos monges. "Meu arco se quebrará", respondeu. "Se alguém se força além dos próprios limites, tem a vontade quebrada. Quem não equilibra trabalho com descanso perde o entusiasmo, cansa-se e não chega muito longe".
Paulo Coelho – Maktub

Paredes da vida
Um homem caminhava por um vale dos Pireneus quando encontrou um velho pastor. Dividiu com ele seu alimento, e ficaram um longo tempo conversando sobre a vida.
O homem dizia que, se acreditasse em Deus, teria que acreditar também que não era livre, já que Deus governaria cada passo.
O pastor então o levou até um desfiladeiro, onde se podia escutar - com toda a nitidez - o eco de qualquer ruído.
- A vidas são estas paredes, e o destino é o grito de cada um - disse o pastor. - Aquilo que fizermos será levado até o coração Dele, e nos será devolvido da mesma forma.
"Deus costuma agir como o eco de nossas ações."
Paulo Coelho – Maktub

Nas montanhas
Entre a França e a Espanha existe uma cadeia de montanhas.
Numa destas montanhas, existe uma aldeia chamada Argelés.
Nesta aldeia, existe uma ladeira que leva até o vale.
Todas as tardes, um velho sobe e desce esta ladeira.
Quando o viajante foi a Argelés pela primeira vez, não reparou nada. Da segunda vez, viu que um homem sempre cruzava com ele. E, cada vez que ia àquela aldeia, reparava mais detalhes - a roupa, a boina, a bengala, os óculos. Hoje em dia, sempre que pensa na aldeia, pensa também no velhinho - embora ele não saiba disso.
Uma única vez viajante conversou com ele.
Querendo brincar, perguntou:
- Será que Deus vive nestas lindas montanhas á nossa volta?
- Deus vive - disse o velhinho - nos lugares onde deixam Ele entrar.
Paulo Coelho - Maktub


24 de jan. de 2013

Minhas Músicas Preciosas...[21]


Uma voz que se cala,
Que perde a fala
Que não mais embala
Todo a amor.
Uma música que me trouxe lembranças.
Tantas silenciosas lembranças.
Presas em uma alma que grita para ser ouvida.
Presa no silêncio da dor.
Minhas músicas deste mês. Uma simples música. Tocando no computador.
Uma troca de olhares.
Dois corações. Uma história.
Lembranças. Silenciosas lembranças...


14 de jan. de 2013

Melancolia...


Acostume-se.
Com o fato de o tempo ser sempre curto para quem está perto,
Sempre longo para quem está longe,
E sempre eterno para quem espera.
Acostume-se.
As pessoas nunca farão o que você faz por elas.
Tenha  a certeza de que a injustiça jamais acabará,
E que a hipocrisia é algo que você terá que conviver para sempre.
Acostume-se.
Com o fato de que as lágrimas sempre farão parte de sua realidade,
Na tristeza ou na alegria,
E que o mundo não gira em torno do que queremos ou em torno de nós mesmos.
Acostume-se.
Sempre existirá um amor que não será correspondido,
Um relacionamento mal resolvido,
E um adeus não aceito.
Acostume-se.
A não ser prioridade do que priorizas.
A ter destacado o que quer esconder,
E não valorizarem os seus maiores esforços.
Acostume-se.
Com o sorriso falso que sustentas no rosto,
A esconder das pessoas justamente o que mais queria mostrar,
E perceber que todos enxergam apenas o que querem ver.
Acostume-se.
A perdoar quem não merece,
E se tornar imperdoável a cada pequeno erro cometido.
Relevando o irrelevante.
Acostume-se.
A se doar mais do que recebe.
A chorar mais do que sorri,
A ouvir, mais do que fala.

Aceite.
O caminho dos seus sonhos pode estar justamente onde termina o longo pesadelo.
Somos testados e convocados a provar nossa força e merecimento o tempo inteiro,
E a pergunta é sempre a mesma:

Por que o meu caminho precisa ser o mais difícil?

Acostume-se.
A desejar e não obter,
A sonhar e não realizar,
A amar e sozinho permanecer.

Kelly Christine

11 de jan. de 2013

A dúvida.


Perguntas. Tantas na minha cabeça.
Tantas dúvidas no coração.
Ir. Ficar.
Faz realmente diferença?
Uma pergunta sem intenções pode te levar ao inferno em fração de segundos.
Uma resposta impensada pode te levar ao mesmo lugar.
Por quê?
O silêncio da minha alma, não me consola ou alivia,
Refugiada. Presa.
A solidão daquele pequeno quarto, me mostra a realidade,
Que eu escondo com fecho os olhos.
A minha imaginação me salva,
De não morrer afogada nas profundezas de uma verdade escura que oprime.
Os sonhos, mesmo destruídos, ainda relutam para se manterem vivos.
E eu? Me mantenho viva?
Um olhar desesperado para o celular.
Mensagens antigas são como fotos. Matam lentamente de acordo de como são lembradas.
Momentos, momentos.
Um outro lado de mim tão diferente.
Como pode ser tão feliz, e tão triste na mesma vida?
Como olhar a vida e tentar entender,
Não há escolhas... Só consequências...
Mudanças. Acontecerão?
Pra mim, mudanças são como sentimentos: impossíveis de controlar.
Mas ao que tudo parece, os olhos demonstram pouco caso.
Ir... Ficar...
Faz realmente diferença?
Perguntas. Tantas na minha cabeça.
Tantas dúvidas no coração...

Kelly Christine

3 de jan. de 2013

Antes do Sol Nascer...


Partirei.
Para nunca mais voltar.
Não existe rumo,
Não existe lar.
Perdi o meu prumo,
Nada a me segurar.
Antes que tudo desabe,
Antes que o amor se acabe,
Antes da saudade maltratar.
Segurei as lágrimas,
Deixei morrer o sorriso,
Eu sou uma mera opção,
E você tudo o que eu preciso,
Cada dia, solidão,
Dançando a beira do precipício.
Quantas vezes partiu o coração,
Nem inferno, nem paraíso.
Vendi minha alma por você,
Vi pouco a pouco a vida se esgotar,
Sem vontade de viver,
Não quero mais continuar,
Esperando o que não vai acontecer,
Não há porque lutar.
Então agora te direi:
Antes do sol nascer,
Partirei.

Kelly Christine