26 de set. de 2013

Só Hoje...

Só hoje, decidi não reclamar de nada.
Só por hoje.
Só por hoje, eu vou fingir que está tudo bem.
Vou pensar que tudo isso vai passar amanhã.
Que ninguém tem problemas.
Que tudo a partir de agora vai dar certo.
Só por hoje.
Vou sorrir, mostrando uma felicidade que eu não sinto.
Vou esquecer das pessoas que me machucaram,
Vou esquecer, de quem me esqueceu primeiro.
Só por hoje.
Vou manter o silêncio da paz, mesmo que essa paz não exista.
Vou ajudar as pessoas que me ignoram,
Vou levantar quem morder a minha mão.
Só por hoje.
Não vou lembrar que amanhã será mais um dia igual.
Vou ignorar que os sentimentos, tão frágeis, estão se partindo, mesmo contra minha vontade.
Vou caminhar com passos firmes e seguros de alguém que sabe exatamente para onde vai.
Hoje, só por hoje,
Eu terei o amor do meu lado.
Cuidando de mim, se preocupando comigo,
Mesmo que isso seja apenas dentro de minha cabeça.
Hoje, só por hoje,
Não vou me quebrar de lado a lado,
Remoendo todos os sonhos partidos que deixaram de acontecer,
De todos os pequenos fracassos que me levaram a desilusão absoluta,
Da incompreensão das pessoas que me julgam antes mesmo de enxergar meu interior.
E assim, os anjos vão dar uma piscadinha pra mim,
E eu vou rir incontrolavelmente de tudo o que um dia me fez chorar,
Porque o caminho foi longo, árduo, tortuoso,
Mas eu venci.

E então, eu abro os olhos e encaro o teto no escuro.
O sonho terminou.
Que Deus me dê forças para continuar.
Hoje, só hoje.


Kelly Christine

19 de set. de 2013

O vídeo que mudou meu dia...

Tive uma das piores noites da minha vida ontem.
Dormi o sono da morte, tive pesadelos horríveis, emoções que me fizeram a chegar ao fundo do poço.
Hoje de manhã levantei porque a obrigação me exigia.
Vim no ônibus sonolenta, sem esperança de mudanças. Querendo que o dia acabasse logo e que eu pudesse voltar a dormir e não pensar em mais nada.
Cheguei no trabalho, como todos os dias. Tomei meu café em silêncio, não queria conversar. Me sentia tão vencida pelo destino, que tudo que eu queria era sair de mim e nunca mais voltar.
Depois do café, subi para minha sala, e na minha mesa liguei o pc. Iria começar mais um dia de trabalho como outro qualquer, quando me deparei com esse vídeo. Nunca acredito nas coisas que aparecem na capa do Youtube, principalmente que na internet tem muito material desnecessário, e eu não estava no clima de ver nada.
Assisti, como que se levada pelo destino.
E foram os 3 minutos da minha vida que eu mais me senti errada em tudo que eu fiz.

O que eu estava fazendo?
Chorei, como uma criança, sem me importar com as pessoas que estavam minha volta.
Mandei por e-mail, a todos no escritório, para assistirem.
E vi, que mesmo diante da minha impotência, mesmo diante de meu torpor, ainda havia esperança.
Há esperança no mundo.
Ainda há pessoas que são boas por ser, apenas.
A bondade verdadeira é descoberta quando você faz bem a alguém que não lhe trará benefício algum.
Assistam, de coração aberto.
Da mesma maneira que eu assisti.
E sintam, no interior de suas almas, como  eu senti na minha, que Deus escolhe maneiras até então inexplicáveis para atingir nossos corações.


“Combati o bom combate, guardei a fé.” São Paulo Apóstolo.


Kelly Christine.

18 de set. de 2013

Refém do Silêncio...

Engraçado nossos sentimentos,
Quando menos esperamos, estão lá. Ou nos surpreendendo ou nos oprimindo.
É assim que tenho me sentido nos últimos dias. Refém de minhas emoções, sabendo que não me levarão a nenhum novo lugar.
Só à tristeza. É pra lá que eu vou.
Um desânimo inexplicavelmente sem sentido tomou conta de mim. Sabia que havia algo errado. E tinha uma idéia do quê.
Só não queria admitir para mim mesma.
Vivo cada vez mais refém do silêncio. Subordinada a sentir, mas não falar, a ver e não questionar, a saber, que certas coisas por mais absurdas e injustas que consideramos não merecem nenhuma luta por mudanças.
Certas causas já são perdidas antes mesmo de começarmos a lutar.
Mesmo assim, ainda insistimos no impossível, achando que tudo poderá ser diferente.
A única diferença na verdade, é que gastaremos mais energia para obter o mesmo resultado: nenhum.

Somos o que fazemos para mudar o que fomos.
O problema é quando o que fazemos não muda nada.
O destino tem maneiras estranhas de nos mostrar o quão insignificantes diante dele somos.
Hora de fazer algo. Ou simplesmente fazer o que tenho feito durante tanto tempo:
Silenciar e aceitar.

Kelly Christine



A gente confia demais. Erra demais. Acredita demais. Quebra a cara. Aprende. E depois, faz tudo de novo, achando que vai ser diferente...


4 de set. de 2013

Hoje resolvi fazer diferente...

Hoje resolvi fazer diferente.
Resolvi não reclamar, mesmo que tudo esteja incomodando,
Resolvi ficar em silêncio, mesmo quando minha maior vontade seja gritar,
Aceitar tudo o que o destino me oferece, sem questionar.
Hoje resolvi fazer diferente.
Resolvi viver um dia de cada vez, uma hora de cada vez,
Não criar planos, não gerar expectativas,
Respirar enquanto ainda é possível,
Não procurar entender aquilo que naturalmente não possui nenhum tipo de explicação.
Hoje resolvi fazer diferente.
Resolvi fazer minhas preces em silêncio e deixar de pensar em voz alta,
Resolvi não argumentar as ofensas e injustiças de que tenho sido vítima,
Não entregar o coração a mais ninguém.
Viver a vida, até a vida acabar. Nada mais.
Hoje, só hoje, resolvi fazer diferente.
Cada queixa ouvida sem questionar,
Cada ferida que sangra, tristeza calada.
Cada pedra no caminho, cada bolha nos pés,
Fazem parte do mesmo ciclo. Aquele que te disciplina, mesmo sem erros.
Hoje, resolvi fazer diferente.
Escolhi a indiferença ao invés do amor.


Kelly Christine

3 de set. de 2013

O vazio que nada preenche...

E de repente, nada mais importa.
Essa indiferença tão incômoda tem se tornado familiar demais.
Não, eu não gosto de me sentir assim. Mas parece que uma autodefesa natural foi criada em torno de mim, e faz com que quanto mais dor e tristeza eu sinto, menos eu me importe com ela.
Isso é assustador.
Antes, tão frágil, quase feita de vidro e sentimentos.
Os sentimentos ainda existem, mas estão tão escondidos e tão protegidos de mim mesma que eu me vejo sozinha comigo.
Tem sido cada vez mais árduo tentar algo diferente disto.
Tudo tem sido mais difícil.
Respirar, se manter sensível, não deixar que tudo isso se congele a minha volta. E o principal: não me congele por dentro. Isto tem sido o mais trabalhoso de manter.
Penso em como antes, certas situações me deixariam extremamente triste. Nesse momento, não sei o que seria pior: ficar deprimida e triste e me manter sensível a tudo em volta ou me mostrar imparcial a cada vez que sinto uma facada em mim. O sangue pode escorrer pelo meus dedos, e posso me contorcer em dor e sofrimento, mas nem mesmo isso tem me arrancado lágrimas ou argumentações.
Só silêncio. E um olhar vazio.
O vazio que nada preenche.
Cada vez mais isso faz mais sentido.
Cada vez sinto mais o vazio e menos o que causa ele...


Kelly Christine.