3 de set. de 2013

O vazio que nada preenche...

E de repente, nada mais importa.
Essa indiferença tão incômoda tem se tornado familiar demais.
Não, eu não gosto de me sentir assim. Mas parece que uma autodefesa natural foi criada em torno de mim, e faz com que quanto mais dor e tristeza eu sinto, menos eu me importe com ela.
Isso é assustador.
Antes, tão frágil, quase feita de vidro e sentimentos.
Os sentimentos ainda existem, mas estão tão escondidos e tão protegidos de mim mesma que eu me vejo sozinha comigo.
Tem sido cada vez mais árduo tentar algo diferente disto.
Tudo tem sido mais difícil.
Respirar, se manter sensível, não deixar que tudo isso se congele a minha volta. E o principal: não me congele por dentro. Isto tem sido o mais trabalhoso de manter.
Penso em como antes, certas situações me deixariam extremamente triste. Nesse momento, não sei o que seria pior: ficar deprimida e triste e me manter sensível a tudo em volta ou me mostrar imparcial a cada vez que sinto uma facada em mim. O sangue pode escorrer pelo meus dedos, e posso me contorcer em dor e sofrimento, mas nem mesmo isso tem me arrancado lágrimas ou argumentações.
Só silêncio. E um olhar vazio.
O vazio que nada preenche.
Cada vez mais isso faz mais sentido.
Cada vez sinto mais o vazio e menos o que causa ele...


Kelly Christine.

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