Quebradiça.
Mesmo lutando
bravamente para não me contaminar, é assim que termina.
Sinto um vazio, é
verdade.
E pela primeira vez,
não sei se o quero preenchido.
O fim do ano se
aproxima, e faço uma retrospectiva de tudo o que me aconteceu.
A menina doce, presa
no corpo da mulher, definhou.
Os sentimentos, até
então fartamente divulgados e distribuídos, simplesmente se foram.
E tudo por culpa da
resistência incondicional em querer a presença de quem não me queria por perto.
Ganhei cicatrizes,
receios, e não confiança nas pessoas.
Eu olho para elas e
as vejo tão iguais,
Nada me atrai, nada
chama minha atenção.
A frieza delas me
contaminou.
Se tentam me
machucar, sinceramente, acho que encaro a situação com um profundo descaso.
Nenhuma lágrima, e
agora eu preciso me esforçar um pouco para que elas caiam.
Olhos secos como
areia.
Nada e ninguém me
surpreende. As pessoas se tornaram óbvias demais.
E não queria me
tornar isso que me transformei, mas neste momento não vejo nenhuma vantagem em
ser diferente.
E me pergunto o que
seria melhor.
Permanecer nesse
mundo, onde não vejo diferença entre permanecer sensível às coisas e às
pessoas, ou me manter assim: imparcial.
Não gosto do que
acontece.
Mas não vejo porque
mudar.
Kelly Christine.
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