6 de dez. de 2013

Imparcial...

Quebradiça.
Mesmo lutando bravamente para não me contaminar, é assim que termina.
Sinto um vazio, é verdade.
E pela primeira vez, não sei se o quero preenchido.
O fim do ano se aproxima, e faço uma retrospectiva de tudo o que me aconteceu.
A menina doce, presa no corpo da mulher, definhou.
Os sentimentos, até então fartamente divulgados e distribuídos, simplesmente se foram.
E tudo por culpa da resistência incondicional em querer a presença de quem não me queria por perto.
Ganhei cicatrizes, receios, e não confiança nas pessoas.
Eu olho para elas e as vejo tão iguais,
Nada me atrai, nada chama minha atenção.
A frieza delas me contaminou.
Se tentam me machucar, sinceramente, acho que encaro a situação com um profundo descaso.
Nenhuma lágrima, e agora eu preciso me esforçar um pouco para que elas caiam.
Olhos secos como areia.
Nada e ninguém me surpreende. As pessoas se tornaram óbvias demais.
E não queria me tornar isso que me transformei, mas neste momento não vejo nenhuma vantagem em ser diferente.
E me pergunto o que seria melhor.
Permanecer nesse mundo, onde não vejo diferença entre permanecer sensível às coisas e às pessoas, ou me manter assim: imparcial.
Não gosto do que acontece.
Mas não vejo porque mudar.


Kelly Christine.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente.
Se sentir-se à vontade para isso.