10 de fev. de 2014

Desesperança.

Esse olhar... tanto ódio nesse coração, se espalha feito um veneno,
Anda revoltado, embaixo do sereno,
Como se eu fosse responsável por todas as desgraças de sua vida.
Oras, quem me deixaste no olho do furacão?
E quem me abandonou quando eu mais precisei?
Não era você que prometeu, mundos e fundos,
Não era você que disse que jamais se tornaria o que se tornou?
Acho engraçado cobrar de mim algo que nunca fez,
Quando dediquei tudo o que tinha de melhor a você.
Lavei o rosto nas águas sagradas da pia,
Nada como um dia após o outro dia.
E assim fui passando, um passo de cada vez, uma dor de cada vez,
Fui ultrapassando e relembrando todo o mal que me causou.
Revivi cada momento difícil,
Onde precisei de alguém que parece que nunca existiu.
Caminhei novamente cada tormento,
Abandonada, quebrada e sem esperanças.
Não foi pouca coisa.
E mesmo assim eu fui perdoando, um erro após o outro,
Uma dor após a outra,
Uma lágrima caída em cima de outra.
O que ganhei?
Foram sucessivos enganos, é verdade,
Mesmo assim me pergunto:
O que ganhei?
A responsabilidade de erros que não eram meus.
Mesmo te defendendo, eu estava errada.
Isso me revoltou.
Que espécie de homem era você?
Aí que tá.
Não era um homem.
Homem algum deixaria a pessoa que tanto fez por ele na pior situação.
E me senti tão hipócrita de exigir atitudes adultas de um menino.
A culpa disso tudo realmente é minha.
Acreditar que o coração é puro de tudo,
Acreditar que as pessoas podem sempre mudar,
Acreditar que todo mundo tem um lado bom,
Acreditar apenas.
Eu acredito sim,
Mas depois de todas as coisas e sensações que eu tive,
E todas as lições que aprendi,
Eu só acredito
Em quem, pelo menos, tenta acreditar em mim.


Kelly Christine

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