E
você me perguntando do meu problema,
Como
explicar...
Que
o meu problema era você?
As
palavras escorregaram pela sua boca.
Você
sequer as sentiu.
Mas
elas sentenciavam um forçado adeus,
A
quem não teria dito nem ao menos “olá”.
Lágrimas
correram no mesmo momento,
Não
pude segurar,
A
primeira desculpa que dei, para esconder meu sofrimento,
E
me permitisse chorar.
A
vida é mesmo dura,
Me
fez lembrar...
De
tudo aquilo que eu preferia esquecer.
De
noites em claro desejando erroneamente teu sorriso mais perto,
Da
confusão que se instalou dentro de mim,
E
agora precisava de um veredicto final.
Por
que tudo tem que ser sempre assim?
Eu
mal vislumbro o começo,
E
já tenho que me acostumar com o fim.
Pessoas
tão diferentes... tão desiguais,
Mas
que eram parecidas nos sentimentos,
Era
pelo menos o que eu pensava.
O
coração... ah, partido mais uma vez.
Tão
frágil, novamente se desfez,
O
que eu queria? Meu Deus, o que você queria mulher?
Ser
diferente de uma qualquer?
Ser
pessoa importante, não dividir com mais ninguém,
Aquele
que você não tem?
Ora,
ora... quanta hipocrisia,
Faça
a gentileza de manter a cabeça cheia, e a alma vazia,
Não
deseje mais daquilo que você nunca terá,
Não
testemunhe com tristeza a felicidade para o outro chegar,
Sentindo
cada fragmento seu.
Acorda
mulher! Ele nunca te pertenceu,
Como
pode julgar suas decisões?
Vocês
entrelaçaram os dedos, não os corações,
Aquieta
teus sentimentos... permita-se chorar.
Tire
de dentro de si tudo aquilo que está a te magoar,
Entenda
de uma vez por todas o que te aconteceu.
Tenha
em sua cabeça a claridade do que está a sofrer,
Achou
que um carinho qualquer já era seu,
Nunca
te disse nada... nem nada te prometeu.
Cometeu
de novo o erro, viu mais uma vez seus sonhos, suas ilusões,
Sobrepor
as suas emoções.
Recomece
mais uma vez,
Não
há escolhas além da sensatez,
De
quem ouviu a vida inteira, que pertencia ao fracasso,
E
todas as suas pequenas conquistas eram fiascos.
Tarde
demais para tentar,
Velha
demais para continuar,
Escuto
aquela voz do além,
Que
continua afirmando que eu nunca fui e nunca serei ninguém.
A
vida é mesmo assim,
Felicidade
não foi feita pra mim,
Ficou
perdida no meio daquele sorriso,
Que
morreu do adeus dado, quando era preciso.
Kelly
Christine