23 de abr. de 2018

O adeus de um sorriso...


E você me perguntando do meu problema,
Como explicar...
Que o meu problema era você?
As palavras escorregaram pela sua boca.
Você sequer as sentiu.
Mas elas sentenciavam um forçado adeus,
A quem não teria dito nem ao menos “olá”.
Lágrimas correram no mesmo momento,
Não pude segurar,
A primeira desculpa que dei, para esconder meu sofrimento,
E me permitisse chorar.
A vida é mesmo dura,
Me fez lembrar...
De tudo aquilo que eu preferia esquecer.
De noites em claro desejando erroneamente teu sorriso mais perto,
Da confusão que se instalou dentro de mim,
E agora precisava de um veredicto final.
Por que tudo tem que ser sempre assim?
Eu mal vislumbro o começo,
E já tenho que me acostumar com o fim.
Pessoas tão diferentes... tão desiguais,
Mas que eram parecidas nos sentimentos,
Era pelo menos o que eu pensava.
O coração... ah, partido mais uma vez.
Tão frágil, novamente se desfez,
O que eu queria? Meu Deus, o que você queria mulher?
Ser diferente de uma qualquer?
Ser pessoa importante, não dividir com mais ninguém,
Aquele que você não tem?
Ora, ora... quanta hipocrisia,
Faça a gentileza de manter a cabeça cheia, e a alma vazia,
Não deseje mais daquilo que você nunca terá,
Não testemunhe com tristeza a felicidade para o outro chegar,
Sentindo cada fragmento seu.
Acorda mulher! Ele nunca te pertenceu,
Como pode julgar suas decisões?
Vocês entrelaçaram os dedos, não os corações,
Aquieta teus sentimentos... permita-se chorar.
Tire de dentro de si tudo aquilo que está a te magoar,
Entenda de uma vez por todas o que te aconteceu.
Tenha em sua cabeça a claridade do que está a sofrer,
Achou que um carinho qualquer já era seu,
Nunca te disse nada... nem nada te prometeu.
Cometeu de novo o erro, viu mais uma vez seus sonhos, suas ilusões,
Sobrepor as suas emoções.
Recomece mais uma vez,
Não há escolhas além da sensatez,
De quem ouviu a vida inteira, que pertencia ao fracasso,
E todas as suas pequenas conquistas eram fiascos.
Tarde demais para tentar,
Velha demais para continuar,
Escuto aquela voz do além,
Que continua afirmando que eu nunca fui e nunca serei ninguém.
A vida é mesmo assim,
Felicidade não foi feita pra mim,
Ficou perdida no meio daquele sorriso,
Que morreu do adeus dado, quando era preciso.

Kelly Christine




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