A minha inspiração vem de sonhos quebrados,
Fragmentados,
Coisas partidas deixadas para trás.
Pessoas que prometeram ficar e se foram
Que nunca iriam me magoar e me mutilaram
Apenas feridas que eu não consigo mais fechar.
Olho dentro dos espelhos de água embaixo das pálpebras finas
Nenhuma esperança segura os fios cristalinos que passeiam pelo meu rosto.
As palavras correm soltas pelos meus dedos,
Se juntam, umas as outras, dando sentido a algo que eu mal sei explicar
O coração descompassado no peito, se flagela enterrado em lembranças,
Lembranças que a mente quer apagar.
Não há comida que alimente,
Sono que descanse
Ou vida que valha a pena ser vivida
Se não consegue mais... amar.
Um medo que toma conta de tudo
Assusta passos, assume funções
Confunde idéias, desconfia das intenções,
Não consegue se entregar.
Às vezes, tudo que precisamos
Não são milagres, nem provas de amor,
Não são palavras, nem objetos de valor,
Mas o abraço forte da pergunta calada e silêncio acolhedor
Sem explicações.
E a inspiração continua
Faz os meus dedos, movimentar
Dão voz as minhas palavras
Aquelas que eu quero calar
Assustadas demais para confiar no amor
Que acha mais fácil trair e iludir
Do que simplesmente... amar.
Kelly Christine.
legal
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