14 de mai. de 2012

Fiel, como um Pinguim...


Decidi escrever sobre um tema que eu li há bastante tempo atrás: fidelidade. De todos os animais habitantes deste mundo, somente o homem é incapaz de não perceber o quão é importante ser parceiro, acima de tudo. Os outros animais nos ensinam, em pequenos gestos, que o amor é algo presente, vivo, intenso.
Aprendi muitas coisas ao longo desses anos de convivência com tantas pessoas de personalidades diferentes. Acabamos gerando tantas expectativas, que a decepção se tornou algo tão corriqueiro, tão comum, que já fez parte da sua rotina.
Eis uma história que todo mundo já ouviu falar, mas pouca gente aplica no dia-a-dia.

Uma grande curiosidade sobre os pingüins é sua fidelidade conjugal: eles costumam ter uma única parceira por toda vida. Só se relaciona com ela até seus últimos dias, e caso um morra antes do outro, ele ficará sozinho até sua vida também se extinguir. Todos os anos, a partir do mês de agosto, eles começam o “namoro”. Esse é o mês em que o sol retorna, e começa o ciclo reprodutivo dos pingüins. Junto com o início do ciclo, surge o fenômeno da construção dos ninhos, que é muito interessante. Eles têm dezesseis semanas para escolher um lugar e construírem um ninho. O ninho é feito com pequenas pedras; o problema é que o pingüim carrega somente uma pedra por vez e, conciliar o trabalho de construção do ninho com o namoro em si pode ser bastante estressante para o recém casal. Os pingüins trabalham vinte e quatro horas por dia, sem parar um minuto, durante essas semanas, transportando as pedras para o local escolhido de fixação do ninho. Quando alguns casais mais afoitos, mais apaixonados, descobrem muitas pedras em algum lugar, saem os dois juntos para pegá-las de duas em duas; para agilizar o trabalho. Porém, acabam por abandonar o local do ninho, onde outros casais mais espertos aproveitam o descuido dos apaixonados e se poupam o trabalho de procurar por pedras para os seus ninhos. A cena é engraçada e divertida, mesmo sabendo que terá o que recomeçar o trabalho, eles jamais abandonarão um ao outro. O filhote virá, será chocado pelo pai, enquanto a mãe sai em busca de comida. E eles ensinarão ao filhote, o mesmo que aprenderam com os pais: procure sua companheira, e por maior que seja a dificuldade, não a deixe sozinha, por nada nesse mundo.

No mundo da crueldade e tristeza tão humana, eu queria mais era ser pingüim.

Kelly Christine

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