Tic tac, tic tac.
O dia se arrasta, as horas
vagarejam no mesmo lugar.
A tristeza parece não ter fim.
Os dias iguais, as horas iguais.
A mesma rotina que insiste em me
mostrar que nada vai mudar.
A dor vai permanecer,
Os sonhos vão morrer,
As esperanças não vão voltar.
Tic tac, tic tac.
A mesma música toca no “repeat”.
Tantas palavras verdadeiras,
Buscam conforto na própria
solidão.
O celular mudo,
Vejo em minha mão tantas mensagens
que queria de volta.
Vejo as lembranças da minha
cabeça,
Quem disse que o tempo faz esquecer,
Esquece que a saudade faz
lembrar.
Tic, tac, tic tac.
As batidas arrastadas marcam as
paredes enegrecidas, desprovidas de vida.
Maldito relógio que corre de mim
quando sorrio,
E que dorme quando a tristeza permanece.
Presa dentro de mim,
Assisto silenciosa mais uma hora
passar,
Mais um dia passar,
Mais da vida passar.
O instante mágico se foi,
A minha vida não vai voltar,
Batalhas que ensinam lições,
E não me mantiveram feliz.
E agora que opção eu tive?
Me encontro abraçando os joelhos,
Sinto o umedecer das lágrimas
caídas,
A música terminou. E o silêncio
de fora, se choca com o barulho de dentro,
Que se cala apenas para ouvir:
Tic tac, tic tac.
Kelly Christine.
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