24 de mar. de 2014

Final Infeliz...

Estavam lá.
As mesmas pessoas que apontavam o dedo na minha cara em riste,
Me acusando de coisas que eu não fiz,
Me condenando por erros que não eram meus,
Me julgando como se todo o horror fosse responsabilidade minha.
Essa não era a história de amor que eu queria viver.
Estavam lá.
Todas as palavras duras que eu tive que ouvir,
Pensando que eu tinha feito o meu melhor,
Ah, doce ilusão a minha,
De estar ajudando alguém,
Não ajudava ninguém.
Eu o amava.
Como jamais serei capaz de amar novamente.
Com todas as forças que o meu coração permitiu,
Com todos os sentimentos que eu conhecia.
Verdadeiramente. E em todos os sentidos.
Agora precisava deixa-lo ir.
Por quê?
Aos olhos dos outros, eu era uma ameaça.
Aos olhos dos outros, era responsabilidade minha toda aquela loucura.
Começava a colocar em xeque, minhas próprias certezas.
Era de fato, responsabilidade minha?
Por que ele parecia tão bem e tão são quando estava comigo?
Não, algo estava errado.
E desta vez, não era eu.
Eu fico pensando. Talvez seja melhor assim.
Não pra mim, pois estar longe é sinônimo de saudade,
E saudade é sinônimo de dor.
Mas pra ele, talvez, eu realmente seja uma doença,
Talvez eu seja a dor.
Eu não trago o equilíbrio, eu desiquilibro.
Eu não trago a paz, eu sou o precipício.
Então, é realmente melhor deixar ir...
Não, não posso esquecer tudo o que aconteceu,
E nem quero esquecer.
Uma história linda merece ser recontada, e relembrada.
Uma história, onde apesar do final não ser feliz,
O ponto final chegou.
E mais uma vez, quem teve que fechar o livro,
Quem teve que terminar de escrever a história,
Foi o destino.
Lágrimas percorrem o rosto.
Não posso recomeçar, o que no meu coração se foi.


Kelly Christine

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