Todo
adeus dói.
Como
pode não doer?
Você
deixa pra trás tudo aquilo que um dia acreditou,
Poderia
ser seu.
Queria
poder explicar, porque temos que deixar,
Porque
somos deixados,
Porque,
alguns de nós, nasceram incompletos.
Como
queria poder modificar esse olhar,
Que
encara o espelho com uma expressão vazia,
E
tenta colocar no rosto um sorriso que não condiz com a sua alma.
Vejo
as luzes de Natal na madrugada,
Piscando,
piscando,
Pequenas
estrelas artificiais penduradas à janela.
Seu
brilho aparece turvo,
Embaçado
pelas lágrimas silenciosas correndo pelo rosto.
Não
acredito mais.
Tantas
idas e vindas,
Quantos
pedaços partidos,
Cansaço
e solidão.
Não
quero mais o que não posso carregar,
Um
fardo pesado demais para mim,
Um
fantasma vivente.
Nem
mesmo o silêncio quis minha companhia,
Nem
mesmo ele, que por tanto tempo esteve ao meu lado.
Não
sou prioridade,
Nem
mesmo opção.
Não
serei a primeira,
Dificilmente
serei a última.
Até
quando terei que assistir os meus sonhos morrerem?
Uma
imaginação impossível,
Pequenas
imagens girando na minha cabeça,
Improváveis
de acontecer um dia.
Os
desejos que arranham,
O
coração calado, quebrado, fragilizado,
Mal
conseguiu dormir.
Pensamentos
sombrios que rondam,
Um
futuro sem amanhã,
De
uma pessoa como eu,
Que
analisa o que não pode se ver,
É
reprovada em sua maneira de viver.
Agora
aguenta,
A
mulher com o espírito de menina,
Que
vê a alma envelhecer solitária,
Ansiando
por companhia.
Suporta!
Engole
o choro, e aceita o que não te pertence,
Diga
adeus, não olhe para trás.
Nada
te espera lá.
Não
há nada para você.
Aquele
coração é dono de si mesmo.
E
tem outra pessoa como morada.
Não
existe nada nesse mundo que possa mudar isso,
Nem
mesmo vontade,
Nem
mesmo trabalho.
Há
apenas a distância,
Que
os quilômetros separam,
Que
os olhos não creem.
Aceita,
Que
certas pessoas como você,
Foram
feitas para não pertencerem a ninguém,
E
permanecerão assim... Incompletas.
Por
toda vida.
Kelly
Christine