Você nunca espera se ferir,
Você nunca espera pela dor,
Você nunca espera.
Nunca espera pelo fim,
Nunca espera um dia ruim.
Apenas uma batalha,
No meio da guerra.
Me vi mais uma vez sem pedaços,
Procurando em quaisquer par de
braços,
O conforto do coração ferido.
Anda pelo vale da morte,
Aquela pessoa sem sorte,
Sem passado, sem destino.
Um dia será apenas um retrato
Na cômoda, na mesa, um fato.
A lembrança que empoeira.
Um sentimento sem eira nem beira,
Fica quieto em algum canto,
Tentando não pensar no encanto,
Que o quebrou mais uma vez.
A confiança que se desfez,
Ficou só no precipício,
Entendeu desde o início,
O frio gélido que o espera.
Onde está aquela voz sincera,
Que doces mentiras me dizia?
Ah, que venha então a noite fria,
Soprando os ventos de mais uma
mudança.
Que saudades de ser criança,
Que chorava pelos ralados, não
pelas cicatrizes,
As crianças tão mais felizes,
Só conhecem a física forma da
dor,
Que o tempo as poupe do amor,
Que fere, dilacera e mata,
Aquela pessoa ingrata,
Que retribui com pedras as flores
que depositei.
Onde estava Deus quando eu
chorei,
Sem saber que caminho seguir?
Perdida, deixei me levar,
Não sabia partir, não queria
ficar,
Mas, precisava ir,
Você nunca espera pela dor.
Você nunca espera.
Kelly Christine
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