18 de dez. de 2013

Eu estava lá...

Quando ninguém mais estava.
Quando todos desistiram.
Quando te julgaram, te condenaram.
Quando não te entendiam.
Quando sua raiva foi maior do que sua prudência.
Eu estava lá.
Nos piores momentos,
Nos bons momentos,
E nos momentos que eu não deveria estar.
Nos sorrisos.
Nas lágrimas.
Quando todo o universo implorava para eu ir embora.
Eu estava lá.
Quando as palavras ainda ardiam,
E toda a esperança tinha sumido.
Quando não restava mais nada, exceto tristeza.
E tudo se partia, de lado a lado.
Quando não havia certeza.
Quando você se sentia perdido.
Eu estava lá.
E mesmo quando me expulsou,
Me julgou, me feriu,
Me condenou.
Não se lembrou dos meus sentimentos,
E o mundo girava em torno de você.
Nada era importante, além de si mesmo,
Eu estava lá.
Quando tudo o que acreditava divergia de mim,
Suas verdades eram maiores que os meus princípios,
E mesmo em silêncio tentando entender o incompreensível...
... eu estava lá.
A dor era insuportável.
A força que eu tinha que fazer, para conter as lágrimas, era descomunal.
A paciência, sem limites,
E o amor, incondicional.
Porque, somente isso explicaria, depois de tantas quedas e precipícios,
Eu continuar a segurar a sua mão.
Porque, nada justifica,
Tanta dor , tantas lágrimas,
E eu... mantendo-me forte... ainda estar lá.

Kelly Christine


6 de dez. de 2013

Imparcial...

Quebradiça.
Mesmo lutando bravamente para não me contaminar, é assim que termina.
Sinto um vazio, é verdade.
E pela primeira vez, não sei se o quero preenchido.
O fim do ano se aproxima, e faço uma retrospectiva de tudo o que me aconteceu.
A menina doce, presa no corpo da mulher, definhou.
Os sentimentos, até então fartamente divulgados e distribuídos, simplesmente se foram.
E tudo por culpa da resistência incondicional em querer a presença de quem não me queria por perto.
Ganhei cicatrizes, receios, e não confiança nas pessoas.
Eu olho para elas e as vejo tão iguais,
Nada me atrai, nada chama minha atenção.
A frieza delas me contaminou.
Se tentam me machucar, sinceramente, acho que encaro a situação com um profundo descaso.
Nenhuma lágrima, e agora eu preciso me esforçar um pouco para que elas caiam.
Olhos secos como areia.
Nada e ninguém me surpreende. As pessoas se tornaram óbvias demais.
E não queria me tornar isso que me transformei, mas neste momento não vejo nenhuma vantagem em ser diferente.
E me pergunto o que seria melhor.
Permanecer nesse mundo, onde não vejo diferença entre permanecer sensível às coisas e às pessoas, ou me manter assim: imparcial.
Não gosto do que acontece.
Mas não vejo porque mudar.


Kelly Christine.

27 de nov. de 2013

Cuidado...

Eu não sou forte o tempo inteiro,
Preciso de cuidados também.
Às vezes uma palavra amiga, um carinho, ou aquele abraço sem perguntas,
Pequenos gestos, mas tão essenciais a nós.
Pequenos gestos, não custam nada, não tomam tempo,
Mesmo assim são esquecidos por todos, e se perdem na rotina do dia a dia.
Sempre fui da opinião que o amor é nobre demais para ser mendigado,
E que as demonstrações de carinho e atenção deveriam sempre ser gratuitas.
Se não for assim não é verdadeiro,
Se não for assim, não vale a pena ter.
As pessoas têm suas deficiências,
Mas também possuem qualidades que contrabalanceiam.
O equilíbrio que mantem o mundo em ordem.
Deveria ser assim.
Mas não é. Nunca é.
Eu doo o coração livremente,
E sei que ele será maltratado, magoado, partido.
Mas a minha doação é voluntária,
E os meus sentimentos são verdadeiros.
Isso me tranquiliza ao mesmo tempo em que me questiona.
Como doar, algo que sabes que nunca irá receber?
Simples,
O que quero para mim, também preciso fazer aos outros,
Um gesto voluntário, que faria toda a diferença se fosse maioria.
Pensar sempre em nós mesmos é sempre bom,
Mas não podemos esquecer que convivemos sempre com pessoas,
Pessoas diferentes, gênios diferentes, necessidades comuns.
Então fica apenas o pensamento que ainda mantenho em mim:

Ninguém é tão alguém que não precise de ninguém.


Kelly Christine.

19 de nov. de 2013

E o que é solidão?

E tu saberias definir o que é, realmente, a solidão?
Eu tenho minha própria teoria.
Solidão não consiste em estar, tão somente, sozinho.
É se sentir só em meio a tantas pessoas,
Ter tanta coisa a conversar, e não ter com quem fazer isso.
Reprimir seus sentimentos mais verdadeiros, e ser o companheiro que não possui.
Estar em meio à tempestade, e não ter mais a fé que grita.
Viver somente em função de quem não te retribui nem ao menos um sorriso.
É saber que ninguém fará por você, o que você faz pelas pessoas,
Contar somente com as próprias pernas, para continuar caminhando.
Levantar-se, cair e levantar mais uma vez, sem ajuda de ninguém.
Solidão é não depender das pessoas, quando mais se precisa.
É precisar e não precisar.
É encarar uma janela e sentir que a sua presença já fez diferença algum dia,
Uma presença que não tem mais a ausência sentida.
Amigos que se afastam,
Vazio que se aproxima.
Vazio, aquele que nada preenche.
Se sei o que é solidão?
Talvez, todo mundo carrega um pouco dela dentro de si.
Porém nem todos lidam bem com ela.
E quem quer lidar com a solidão?
A grande verdade é:
Somos todos seres solitários em busca da companhia do outro,
Mas nem todos queremos abrir mão do que é nosso,
Inclusive da própria solidão.
Eu sei o que é solidão,
É tentar dar voz ao que está em silêncio,
E gritar em desespero, mesmo sabendo que não há ninguém para ouvir,
E se conformar que o fim pode ser o começo,
O começo de um vazio.

Kelly Christine


13 de nov. de 2013

Julgamento.

Então de repente, você ouve o seu nome.
E percebe, mais uma vez, as pessoas te julgando sem ao menos te conhecer.
Sem ao menos terem conversado com você uma única vez.
Sua alegria incomoda,
Seu sorriso enerva,
Sua seriedade não transparece seu caráter,
E seu silêncio, ao invés de determinar sua reserva, ostenta a sua soberba.
Seria mesmo isso?
É o que eles acham.
É o que a maioria acha.
Me acham uma pessoa péssima, mas nunca sequer falaram comigo.
Me pintam de várias cores, com várias personalidades,
Porque é mais fácil, tão mais fácil fazer um julgamento de quem não se conhece...
Ah, mas não basta só julgar para si mesmo,
É necessário divulgar a mesma informação, mesmo que imprecisa, para outros.
Vamos contagiar as pessoas e as obrigarem formar opiniões...
Afinal, o que eles acham, o que eles supõem que sabem, é lei.
E todos devem se curvar diante deles e respeitar o que eles dizem.
E não interessa ter outra opinião sobre aquela pessoa.
O que importa é o que a maioria acha.
Pessoas que seguem o fluxo da multidão, são tratadas como gado, e não percebem.
Se a maioria pensa assim, então a maioria está certa.
Mesmo que todos estejam errados.
Ainda penso diferente.
Por que devo fazer um pré-julgamento de quem eu mal conheço?
Por que perder minutos preciosos da minha vida, onde poderia estar fazendo coisas tão mais construtivas, para destruir o caráter de alguém com quem nunca falei?
Ora, eu não penso como gado. Não sou a maioria.
E ser diferente tem sido um preço alto a pagar.
Preço alto para ser eu mesma.
Sei o que sou, sei também que não preciso provar nada a ninguém,
Mas é tão cruel ver as pessoas fazendo isso comigo.
E não basta serem cruéis comigo, também querem que a maioria das pessoas sejam.
Já vi isso em tantos lugares, com tantas pessoas,
Que tinham me convencido de que, todos não poderiam estar errados,
Talvez o problema fosse realmente eu.
E o mundo estava me fazendo pensar como a maioria...
Não, eu não podia permitir.
Ainda permaneço isolada.
Fico cada vez mais em silêncio,
E nesse silêncio eu percebo, as escolhas que fiz.
Posso estar sozinha agora,
Mas sei que no mundo ainda existem pessoas diferentes,
Que entendem exatamente, como eu, o que é pagar o preço do julgamento de todos,
Para pertencer a si mesmo.


Kelly Christine

11 de nov. de 2013

Questionando...

E onde Ele estava esse tempo todo?
Uma criança de três anos, brutalmente assassinada pelos próprios pais,
Um país inteiro, um dos mais pobres do mundo, assolado permanentemente pela guerra civil, destruído pela catástrofe natural de um tufão.
O pai trabalhador honesto, que depois de uma longa jornada de trabalho durante toda noite, volta para o seu lar pobre e encontra uma bala na cabeça, tirando o único sustento daquela família.
E onde Ele estava?
A mulher que diariamente e fervorosamente reza para que o marido se recupere,
Do câncer que o consome e o definha dia após dia, noite após noite, sem trégua, sem alívio.
A criança, cheia de esperança, corre descalça pelas vielas entre palafitas, pensando pequena que os seus sonhos de Natal se realizarão esse ano.
Mas nada mudará, e seus pais e mais 06 irmãos mais velhos sabem disso.
E onde Ele estava?
Mas é imposto, sempre imposto.
Seja honesto, trabalhe, ganhe o pão com suor do seu rosto.
Não minta, não roube, não peque.
Senão a punição é o fogo do inferno, é a morte dolorosa.
Desculpa, mas já não conhecemos dor o suficiente?
Continuaremos pagando por pecados que não cometemos?
Continuaremos vendo as pessoas que, realmente mereciam punição divina, permanecendo impunes?
Continuaremos vendo todos aqueles que fazem tudo errado e sempre se dão bem, de uma maneira ou de outra?
Que explicação dar a um filho que questiona onde está a justiça?
Como calar uma criança que chora de fome e não há pão em nenhum lugar?
Vemos um mundo se destruindo, o mesmo mundo que todos usam a fé como desculpa para enriquecer e punir.
E diante de tantas tragédias, anunciadas ou não,
Fica aquela pergunta, de quem teve a criação cristã, ameaçada com o inferno durante toda a vida:
Tanta coisa está acontecendo,
Tanta coisa aconteceu,
E onde Ele estava esse tempo todo?


Kelly Christine

4 de nov. de 2013

Mulheres...

E as mulheres?
As mulheres gostam de carinho, atenção, afeto.
Estão sempre certas, mesmo quando estão erradas.
Suportam dores, choram à toa, aguentam certas coisas caladas.
Depois estampam um sorriso no rosto, como se nada tivesse acontecido.
Reclamam do trânsito, do preço do leite, do chefe impertinente.
Precisam de pelo menos alguns minutos de alívio diário, para que possam desabafar o seu dia.
Precisam de orelhas que ouçam, abraços que confortem, bocas que beijem.
As mulheres multiuso.
São mães, trabalhadoras, domésticas, guerreiras.
E ainda sobra espaço para serem meninas.
Tão doces meninas... tão rebeldes meninas...
Elas confiam, perdoam, fraquejam, erram, acertam, enfrentam.
O tempo todo, todo o tempo, elas lutam por suas metas a que se dignam chamar de sonhos.
Os sonhos de menina,
Os sonhos de mulher.
Mulheres.
Alguns homens as enganam,
Outros agridem,
Outros ainda pensam que elas não passam de puro objeto.
Mas existem aqueles que tratam suas mulheres como rainhas.
Suas meninas como princesas.
Estes, ah, estes sim, são os verdadeiros homens,
Os que vêem com os olhos da alma, o que são na verdade, as mulheres.
São raros, são especiais, mas esses homens existem.
Ah, as mulheres.
As mulheres gostam de carinho, atenção, afeto.
Estão sempre certas, mesmo quando estão erradas.
Suportam dores, choram à toa, aguentam certas coisas caladas.
Depois estampam um sorriso no rosto, como se nada tivesse acontecido.
Fiquei me questionando por um tempo,
Depois de tanta filosofia barata,
Cheguei então à conclusão que,
Para esse mundo eu não sou mulher,
Para esse mundo eu não sou menina,
Para esse mundo, eu sou ninguém.


Kelly Christine

31 de out. de 2013

Destino inexorável.

Passei tanto tempo da minha vida me sustentando sozinha,
Que nem sei mais como é desabafar com alguém.
Me levantando só, quando o mundo me derruba,
Me apoiando somente na minha fé,
Arrumando forças de dentro, somente de dentro.
Tantas coisas aconteceram em tão pouco tempo, que parece que vivi uma outra vida.
Ou talvez aquela realidade só existisse na minha cabeça.
Mesmo depois que o tempo passou, as lembranças dele são fortes.
Tão fortes que não se desprendem de mim, nem quando eu quero pensar em outra coisa.
Mas sei que, fatalmente, isso jamais será mútuo.
E que seus pensamentos, neste momento, pertencem a outras prioridades.
Nada melhor do que pertencer a si mesmo.
Hoje, hoje mesmo, seria um dia especial.
O dia dos sorrisos, de se fazer presente, de transformar sonhos em realidade.
Mas eu fui formalmente “desconvidada” para partilhar essa alegria.
Eu, na verdade, não sou mais bem vinda a partilhar nada.
Quando me lembro daquelas palavras que ouvi,
Das mensagens que eu li,
Acho difícil acreditar que vinham da mesma pessoa.
Mas era.
Sinto as lágrimas correndo pelo rosto marcado em tristeza.
Essa dor que sinto é bastante verdadeira. E silenciosa.
As fotos, os sorrisos,
Memórias.
Que vida foi aquela que eu vivi?
E tão de repente,
A verdade virou mentira,
Os sonhos viraram frustrações,
E os problemas viraram limitações.
O que era forte, enfraqueceu,
E quem estava lá, para juntar os cacos quando tudo acabou, fui somente eu.
Parece que foi ontem,
Parece que foi há dez anos atrás.
Os deuses jogam dados e somos meros peões em seu tabuleiro.
Lembrei de um livro que estou lendo,
Que fala que nosso destino é controlado por três fiandeiras,
Que tecem os fios dourados de nossa vida, fios dourados de nossa história embaixo da árvore da vida.
O destino é mesmo inexorável.
Eu que tinha encontrado meu caminho,
Estava escrevendo minha própria história,
Terminei aqui com páginas em branco e solidão.
A confiança quebrada,
Os sonhos despedaçados,
Os sentimentos banalizados, sendo apenas complemento da virtude racional.
Quantos erros meus.
Eu, tola, procurava um ponto de equilíbrio,
Onde havia duas metades de algo que pensei, se completavam,
Mas aprendi que, essas duas metades, só se destroem.
Só eu não via... Só eu não via.
Hoje só existem as folhas manchadas pelos pontos úmidos.
Vejo o céu escuro da minha janela,
Vem tempestade,
São os deuses que festejam mais uma jogada,
E as fiandeiras continuam tecendo.
Há um vazio em mim impossível de ser completado,
Mas preciso seguir,
E os deuses jogam dados.
Nem tudo que me espera será sempre assim,
Nem tudo será dor e sofrimento para sempre,
Então preciso continuar seguindo.
Eu me permito chorar, porque ainda existe muita coisa em mim,
Deixo as lágrimas silenciosas correrem como um rio que precisa seguir,
Lágrimas que nada imploram, nada pedem,
Apenas aliviam.
Onde será que os fios dourados das fiandeiras me levarão agora?
As lições foram aprendidas,
Mas a estrada ainda não foi vencida.
Me levanto só, mais uma vez.
A força de dentro, somente de dentro, que me acompanha.
A fé guerreira que jamais me deixou no chão,
Me consola que amanhã tudo poderá ser diferente,
Os deuses continuam jogando dados,
E eu continuo seguindo.


Kelly Christine

28 de out. de 2013

Minhas Músicas Preciosas...[28]

Palavras. Existe tanto peso nelas.
A cura quando precisamos,
A violência da raiva,
A doçura do amor.
Palavras.
As mesmas que faltam, quando o coração acelera.
As mesmas que somem, quando as lágrimas começam a correr.
As que consolam quando a dor se torna insuportável,
As que acalmam quando tudo é raiva.
Palavras.
Aquelas que ferem são as mesmas que podem curar.
Sempre escolha bem as suas.

Essa música caiu em meus ouvidos em uma noite insone.
Onde eu achava impossível, a dor que eu estava sentindo ser uma mentira.
Mesmo assim, o mundo me mostrou que a gente sempre perdoa quem mais amamos,
Várias e várias vezes, pelo mesmo motivo.
Vale à pena chorar agora?
Me pergunto em silêncio, na noite escura.
A felicidade só foi descoberta depois do adeus?
E o amor, virou obstáculo?
Palavras. Existe tanto peso nelas.
Quanto mais eu penso sobre as coisas que li,
A mais conclusões sou capaz de chegar.
E todas elas me levam a uma única direção:
Não importa o que você sente,
Não importa o que você fala,
As pessoas só enxergam aquilo que querem enxergar.
Quando a sua utilidade se encerra,
É quando tudo termina?

Palavras. Existe tanto peso nelas...


Kelly Christine

18 de out. de 2013

O relógio...

Tic tac, tic tac.
O dia se arrasta, as horas vagarejam no mesmo lugar.
A tristeza parece não ter fim.
Os dias iguais, as horas iguais.
A mesma rotina que insiste em me mostrar que nada vai mudar.
A dor vai permanecer,
Os sonhos vão morrer,
As esperanças não vão voltar.
Tic tac, tic tac.
A mesma música toca no “repeat”.
Tantas palavras verdadeiras,
Buscam conforto na própria solidão.
O celular mudo,
Vejo em minha mão tantas mensagens que queria de volta.
Vejo as lembranças da minha cabeça,
Quem disse que o tempo faz esquecer,
Esquece que a saudade faz lembrar.
Tic, tac, tic tac.
As batidas arrastadas marcam as paredes enegrecidas, desprovidas de vida.
Maldito relógio que corre de mim quando sorrio,
E que dorme quando a tristeza permanece.
Presa dentro de mim,
Assisto silenciosa mais uma hora passar,
Mais um dia passar,
Mais da vida passar.
O instante mágico se foi,
A minha vida não vai voltar,
Batalhas que ensinam lições,
E não me mantiveram feliz.
E agora que opção eu tive?
Me encontro abraçando os joelhos,
Sinto o umedecer das lágrimas caídas,
A música terminou. E o silêncio de fora, se choca com o barulho de dentro,
Que se cala apenas para ouvir:
Tic tac, tic tac.

Kelly Christine.