14 de mar. de 2013

Derrota.


Eu olho dentro de mim mais uma vez.
A mesma sensação do vazio voltou.
A sensação de estar atrapalhando, de ser um anexo que precisa sair.
A sensação de não servir mais.
Eu estou aqui, mais uma vez.
As lágrimas, de par em par, descem pelo rosto sem esperanças.
Eu sonhei tanta coisa. Não adiantou nada.
Eu lutei para que as coisas dessem certo.
Fiz meu papel, corri atrás, lutei, briguei.
Por fim, fui derrotada.
Por quem? Pela coisa mais difícil de lutar: a realidade.
Ela usa tudo contra você.
Até mesmo quem você achava que estaria lá pra te apoiar.
Eu perdi.
Foram como dizia a música: dias de luta.
Não me sobrou nem a glória.
Desejo de todo o meu coração que sejas sucedido no que escolheu como caminho a trilhar.
Eu? Fico aqui. Existe o limite até onde posso ir.
E desses planos, eu não faço parte.
Tarde demais para começar de novo.
Só eu não tinha percebido, que pra mim, não haveria uma segunda chance.
Eu? Com todas as minhas limitações, problemas e derrotas pessoais.
Sério que eu pensei que poderia ser diferente?
Eu fui tão tola.
Mas a vida é assim. Tenho que agradecer por ter aprendido, pela enésima vez,
Não é que a grama do vizinho é mais verde,
Ou a felicidade que é mais generosa com as outras pessoas.
Eu simplesmente, não sirvo pra ninguém.
E as escolhas e consequências delas me condenaram a vida que tenho.
O destino pode ser modificado. Desde que seja primeiramente aceito.
Eu relutei muito em aceitar, e queria mudar logo de cara.
Não dá. Nunca deu.
Abaixei minha cabeça,
Fechei os olhos.
Deixa essa amargura escorrer em silencio pelas lágrimas que ensopam os dedos agora.
Engula sozinha essa dor. Se consuma por dentro.
Pois a única ajuda que receberá é justamente da única pessoa que tens agora: eu mesma.

Kelly Christine

"... E o espelho se quebrou de lado a lado.
A maldição se abateu sobre mim."

Agatha Christie

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