A vida não mostra o que queremos ver. Mostra apenas o que precisamos saber.
Lutamos, sofremos, choramos em nome daquilo que acreditamos ser possível, a procura de nossa felicidade, a procura de nosso ‘eu’. Esse ‘eu’ que só pode ser complementado por outra pessoa, já que somos metade de um todo... Sempre.
Olhos voltados para minha jornada até aqui.
O que fiz para mudar a minha história? Alguém levou parte de mim? Deixou parte de si comigo?
Sabe, é incrível como as pessoas podem mudar em nome de algo ou por alguém. Fecha os olhos e fica cega para uma série de mentiras e mágoas, traça os próprios passos para seguir esse alguém, cada pedido dessa pessoa vira lei a ser cumprida. Retorno? Talvez nenhum, talvez algum. Talvez do coração aos pedaços, ou apenas de um simples ‘obrigado’. Raramente o amor incondicional é correspondido da maneira que merece.
Entregar o coração sem pedir nada em troca.
Derramar lágrimas que nunca serão percebidas ou vistas.
Engolir em seco o sentimento explodindo na garganta.
Se calar quando tudo quer que você grite.
Falei várias vezes sobre isso nos meus textos e poemas até aqui. Quem me acompanha nessa jornada louca chamada de “vida”, tem conhecimento da minha batalha diária em nome do que acredito. Porém hoje é um dia de questionamento:
- Será que eu mereço o preço que pago em nome dos meus sonhos?
- Será que só conhecendo a dor, dou o devido valor pelo que luto?
- Será que não existe nenhuma pessoa nesse mundo capaz de corresponder da mesma forma que eu?
Perguntas... Pelo menos uma dúzia delas gritando na minha mente. Uma de cada vez ou todas ao mesmo tempo.
Nenhuma delas... Respondida.
O anjo feio e sem asas percorre as ruas com o olhar perdido na multidão. Deixa a imaginação voar livre, pois é a única coisa que ainda a liga aos seus próprios sonhos, ao próprio coração.
Sonha acordada... caminhando.
O beijo mágico (que nunca foi dado), o “eu te amo” com olhos brilhantes (que nunca foi dito), o céu iluminado(que nunca existiu).
Entro no prédio comercial onde trabalho. Tomo o elevador até o 8º andar sozinha. Na minha imaginação, durante a viagem lenta, o mundo inteiro vai se transformando fora da cápsula de metal, e quando aquela porta se abrir, tudo que eu sempre quis estará do lado de fora, no primeiro passo que eu der. O mundo mágico de campos verdes, de céu estrelado e de olhos brilhantes. Meu elevador “mágico”. O teleporte que me levará ao que sempre sonhei, a realização dos mais profundos desejos da minha alma.
Sim. As coisas poderiam ser assim: simplesmente mágicas.
Minha imaginação a mil por hora, morre ao abrir a porta e dar de cara com o corredor marmorizado do 8º andar do edifício comercial. Salto para fora do elevador em um único pulo, me dirigindo a porta do escritório.
Imaginar diferente e desejar ardentemente não mudaram a minha realidade... Mas pelo menos não deixou minha alma morrer na escuridão.
Giro a chave na porta... Meu jardim secreto podia surgir aqui, atrás dessa porta, não podia?
Mais uma vez, de cara com a minha mesa repleta de papéis. Hora de trabalhar.
Kelly Christine.
a vida não é como agente quer.
ResponderExcluireu queria ouvir um eu te amo de alguem com uns brilhos nos olhos ...
mas tambem nao tenho.
bom você luta pelos seu sonhos... nunca desista deles.