27 de abr. de 2011

Refém do Silêncio...


O Silêncio que oprime, é o mesmo que liberta. Estou mais uma vez mergulhada no mar do silêncio da minha alma. O coração assustado, acuado, sozinho, não sabe para que lado seguir, nem aonde ir: queria apenas que um fim de semana mágico virasse uma realidade eterna. Simples não?
Se todos os nossos sonhos se tornassem reais e possíveis, eles perderiam a graça e o brilho assim que virassem rotina. Deixariam de serem sonhos. Mas, e quando nada do que a gente sonha se torna real? Sim, isso sim é desesperador.
Escuto a chuva lá fora. Ela bate na minha janela, um som gélido. De nada parece aquele som que escutei, da mesma chuva batendo nas pedras, libertando o cheiro do mato pelo quarto, dando aquele ar de campo por toda casa. Parece que foi outra vida minha. Parece que nada daquilo foi real.
Quando coloquei os pés no chão onde nasci, pude perceber o quanto de mim havia mudado. O quanto de mim havia crescido. E o quanto de mim voltou para cá: deixei tudo o que mais queria para trás, enquanto trazia meu corpo à tona, de volta a realidade que eu queria simplesmente apagar. É como acordar de um sonho, em meio a um pesadelo real.
O silêncio quer calar minha voz mais uma vez. Se eu deixar ele me dominar, jamais serei feliz novamente. O silêncio é cúmplice da razão, ambos trabalham para tornar as nossas vidas em escala de “preto e branco” e nos fazer deixar de acreditar que as pessoas mudam e são capazes sim de fazer outras felizes. O silêncio dono da razão.

Era um céu tão cheio de estrelas como eu jamais havia visto em outro lugar. Elas brilhavam todas juntas, tão perto dos meus olhos que por várias vezes achei que podia tocá-las. Ele estava do meu lado, absorto na mesma visão que a minha, dividindo aquele momento que, eu jamais poderia imaginar que se tornaria especial, agora longe de tudo isso.
Acabei de receber todas as fotos. É triste você olhar para elas sem saber onde começam os sonhos, e terminam as lembranças. Um nó na garganta fecha minha respiração, consome por dentro as minhas palavras.
Preciso manter o silêncio que salva. Lágrimas rolam pela face, sem que eu tenha tempo de contê-las. Se eu não acalmar o coração agitado, ele simplesmente ficará fraco por bater sem motivação, sem direção, acabará desistindo da jornada. Ainda não estou preparada para deixar esse mundo, apesar da vontade de começar a vida de maneira diferente ser muito convidativa.

Ficarei em silêncio apenas. Para que esse sentimento me abandone com o tempo. Ou me consuma de uma vez. Mas que tome uma posição logo.

Kelly Christine

25 de abr. de 2011

A Lanterna...

As pessoas são como lanternas com a bateria fraca: insistem em ficarem acesas, vêem a luz se extinguindo, mas enquanto houver energia e força nas baterias para se manterem acesas, vão se manter.
Tive esse pensamento olhando para o teto no quarto em que dormia em Porto Alegre. Para não dormir no escuro (acredite, desde que nasci nunca dormi no escuro) ele acendeu uma lanterna com a bateria no fim. Engraçado, eu e ele pensávamos que a lanterna não duraria nem uma hora, mas ela teimou em ficar fraca, porém acesa durante a noite toda. Os humanos são lanternas, seus sonhos, suas metas, são a bateria que movem a luz de suas vidas.
Foram dias maravilhosos. Fizeram eu ao mesmo tempo descansar e conhecer, o que é o amor em família. Eu fiquei tão maravilhada que simplesmente foi muito duro deixar tudo isso pra trás. Com os olhos ainda em lágrimas, recordo cada minuto daquela família linda que me acolheu tão bem, e me mostrou da maneira mais simples e mais bonita possível, como é amar as pessoas de verdade.
As palavras travam na garganta tentando agradecer o que é impossível de retribuir. Do fundo do meu coração, eu queria fazer apenas um terço do que vocês fizeram por mim. Nunca poderei descrever em palavras, a emoção e a sensação de encontrar o que sempre procurei por toda vida.
A saudade é imensa. Já na estrada, eu queria ter o poder de virar para trás, descer do ônibus correndo e não te soltar nunca mais. Mas o mundo dos sonhadores é mais cruel do que podemos supor, e aos prantos, eu deixei para trás o que eu mais desejei em toda minha vida.

Eu vou voltar.
Não sei quando, não sei como, mas eu vou voltar. E os sorrisos que eu quero encontrar, são os mesmos que eu deixei ao partir.
Se eu pudesse arrancar o coração do peito e deixar aí para se cuidado, eu faria isso de bom grado.

Não precisei.
Ele ficou aí.

Miss you.

Kelly Christine

19 de abr. de 2011

Goodbye...

Eu cheguei no limite de mim
Procurando segurar o que queria fugir
Suas asas decretaram o fim
Que a todo custo eu queria previr
Nada posso fazer a não ser lamentar
Minha insistência em te fazer uma pessoa melhor
Tu não me deste nem tempo de te amar
Minou meus sentimentos com dor
Queria apenas te ver crescer
Realizar os sonhos que você sempre quis
Queria que cuidasse de mim, como cuidei de você
Queria apenas que fosse feliz
Não adiantou nada, de tudo o que lutei
Em vão foram todas as promessas feitas por mim
Ao invés de sorrir, lágrimas de sangue derramei
Por alguém que não sabia se queria assim
Sei quando devo dizer adeus,
Sei quando perdi,
Não tive a oportunidade nem de olhar nos olhos seus
Nem de te fazer sorrir.
Mas, tu assim preferiste
Jogou ao vento o coração que te entreguei
Zombou com desdém, do sentimento que aqui ainda existe
Retribuiu tudo com tristeza, me levou a um sofrimento que eu nunca te dei
Nada posso fazer a não ser lamentar
Alguém que quando cair em si, vai ver
Que nunca existirá alguém como eu para te amar
E tarde demais irá se arrepender...

Kelly Christine

18 de abr. de 2011

Quando o coração desiste do amor...


Uma noite insone
Vejo o novo dia nascer lá fora
Por que essa dor dentro de mim?
Me sinto vazia, quebrada.
No final das contas, ninguém me entende, ninguém me escuta
Minha voz é um grito calado no meio da escuridão
Minha vontade é apenas aquilo que não se leva em consideração
Queria responder minhas perguntas,
Queria não sofrer tanto com as respostas,
O que farei de mim agora?
Se a vida me ensinou a ganhar e perder
Ganho tristeza e sofrimento
Porque te perdi
Ganho as lágrimas de par em par nos olhos
Perdi o que ainda nem tinha conquistado
Eu não sirvo para você.
Sou cheia de defeitos,
Sou alguém que tem tanto a aprender ainda
Não sirvo para você.
Você merece muito mais do que eu possa te dar,
Talvez eu não seja realmente digna de você
Já que não posso te cuidar
A vida podia ter me ensinado a te esquecer
Agora recebo de volta
O coração entregue com tanto carinho
Em pedaços mais uma vez
E sozinho.
Cansei de sofrer calada,
Cansei de sentir a mesma dor
Se os meus sonhos dependem disso
Eu desisto do amor.
Sim, eu tinha tudo para ser feliz ao teu lado
Mas não tive tempo de trilhar o mesmo caminho
Tantos erros seguidos, porque tudo tão difícil
O que foi que eu fiz de errado?
Se não acredita em mim
E recusaste todo o carinho que te dei
Darei por encerrada minha vida
Você foi a ÚLTIMA pessoa que eu amei.
De ter o coração destruído,
Ele comigo se revoltou
Desistiu da vida, desistiu de tudo
Parou de bater, se magoou,
Desistiu de mim, desistiu do amor...

Kelly Christine

15 de abr. de 2011

Lie to me...


Eu finjo que acredito. Finjo que é verdade, quando todos me falam que tudo vai acabar bem depois de tantos problemas, finjo que acredito quando você diz incansavelmente que me ama, sem saber nem o dia do meu aniversário, finjo que creio quando tudo aponta para um lado, mesmo você querer ir pelo outro. É eu finjo que acredito.
Eu sou ingênua. Um pouco insegura às vezes, um pouco imatura, sonhadora demais sempre, mas burra eu não sou. A realidade está ali, para quem quiser ver. Enxerga quem quer, podendo fazer o que quiser com ela, pensar o que quiser dela. Ninguém nunca vai te forçar a nada que você não queira fazer.
A realidade dói. Fere os olhos, o coração e a alma, mas existe. E não vai modificar uma única vírgula para fazer você se sentir melhor. Está estampada como um quadro numa exposição. A interpretação de cada um depende da visão e do ângulo que vêem o quadro.
Dormi com esse pensamento na realidade que me agride dia após dia. Precisava dar um rumo na minha vida. Do jeito que as coisas estavam indo, não conseguiria chegar a lugar nenhum. Queria fechar os olhos e ver que “real” era o mundo doce e colorido que eu criava na minha mente, como tentativa de fugir à realidade. Às vezes, me dava a sensação de alívio. Às vezes, apenas me dava a certeza de que aquilo nunca iria acontecer comigo.
Mente pra mim, que eu finjo que acredito.

Kelly Christine

14 de abr. de 2011

Carinho não tem preço...



O que posso afirmar pode parecer revoltante. Mas é o que sinto agora. O dinheiro magoa e maltrata as pessoas. Somos tão escravos desse papel maldito que deixamos de ser humanos para nos tornarmos fábricas de dinheiro. Minha gaveta está repleta de contas – algumas inclusive vencidas – e eu batalhando feito louca para superar mais dificuldades financeiras. Deixei de ser humana. Deixei de ser feliz.
O amigo(a) leitor(a) pergunta agora: e se você fosse rica, não estaria mais feliz? Claro que de certa forma, minha situação estaria mais confortável, é verdade. E eu não teria tantas preocupações. Mais dificilmente estaria feliz. Por quê? Isso eu respondo tranqüilamente: o que eu mais desejo, o dinheiro não pode comprar. Ajuda em vários aspectos, mas ele nunca poderá comprar.
Dinheiro não compra amor, não compra carinho, não compra afeto. Se você discorda das afirmações é sinal que já pagou para alguém te dar tudo isso. Enquanto existirem pessoas sustentando outras, chantageando emocionalmente, achando que aquele anel, aquele colar, aquele vestido, vai arrancar suspiros de felicidade e a retribuição de tudo é amor. Seu filho não vai te amar mais se você der aquele videogame de última geração para ele. Ele pode até gostar do presente, mas não vai amar mais você. Ele vai te amar mais, se você passar mais tempo com ele. Carinho não tem preço.
As contas em aberto continuam olhando pra mim. Por mais que eu chore, por mais que eu me desespere, elas não vão se pagar sozinhas. Arregace as mangas e ponha os planos em ação. O desespero só vai fazer eu me afundar ainda mais na depressão que anda me rondando.
O mundo não é ruim. Eu apenas não estou sabendo como viver nele.
Rezo a Deus que a situação melhore. E que eu um dia não precise “vender” o meu carinho a ninguém, por conta de tudo isso. Porque carinho não tem preço.

Kelly Christine  

13 de abr. de 2011

Quem cuidará de mim, quando eu me for?


Nem as lágrimas foram capazes de me confortar agora. Vi um silêncio que há muito não via em mim. Senti o frio daqueles que simplesmente não tem mais onde se prender, perderam a razão e o sentido da vida.
Quem cuidará de mim quando eu me for?
Me vejo no espelho aos pedaços,
O coração ensangüentado,
Os sonhos calados,
Tudo perdido enfim,
Quem cuidará da minha dor?
Estou sempre no mesmo lugar,
Cuidando das pessoas, tratando das suas feridas
Semeando amor
Distribuindo carinho
Quem cuidará do meu amor?
Já que vejo que ninguém realmente se importa
Se o meu dia se foi, ou ainda será
Sinto em mim a tranqüilidade de quem perdeu a esperança
E não busca mais nada além do conforto da morte
E a serenidade do silêncio
Quem cuidará de mim quando eu me for?
Tanto trabalho em vão
Nada adiantou ter corrido, caído, levantado, aprendido
Nenhuma diferença então
Quem cuidará da minha dor?
Ando pelas ruas, vejo rostos
Pessoas ocupadas no seu mundo interior
Se comovem com a tragédia publica
Mas não tem nenhuma misericórdia com quem está ao seu lado
Quem cuidará do meu amor?
Então, está na hora de partir
Não senti a chegada, sem sofrimento para ir
Deixo apenas as lembranças, os problemas que não consegui resolver
Levo em mim, muitas lágrimas a cair
Muito a aprender, nada a ensinar.
Coração partido mais uma vez, no mesmo lugar
Quem cuidará de mim, quando eu me for?

Kelly Christine

12 de abr. de 2011

Deixa o amor vencer...


Muitas vezes vocês viram aqui minhas palavras sobre amor e o afeto que trato as pessoas. Esses dias eu tentei, com carinho dedicado em tempo integral, modificar uma pessoa, tentar mostrar a ela que o amor cura feridas e é o MELHOR VÍCIO que alguém pode ter. Vi literalmente minhas palavras ao vento e uma chantagem covarde em cima de mim, me usando mesmo, como se eu fosse um brinquedo novo, me exibindo como se eu fosse um troféu recém conquistado. Aquilo mexeu comigo. Não sou uma pessoa má, mas ninguém gosta de ter o orgulho ferido, muito menos o coração que já andava “capengando” pelos cantos, dilacerado mais uma vez. Mais uma vez. Isso é muito doloroso.
Eu entreguei o melhor de mim, na tentativa de cuidar bem do seu coração e te mostrar o caminho que acho correto. Não cabe a mim, te pegar no colo e forçar você a vir comigo. Você precisa decidir por si mesmo. Lágrimas correm nos meus olhos de novo. Você tem que entender que eu não sou um brinquedo. Não sou um troféu. Sou uma pessoa com sentimentos que precisam ser respeitados, já que, com certeza, nunca foram correspondidos.
Me fez chorar pela última vez. Desejo toda sorte do mundo a você e que Deus ilumine seu caminho, reflita nas suas escolhas. Não há nada pior no mundo do que andar por aí vagando sem destino. Dê um sentido a sua vida, para que você possa conquistar os seus sonhos e vencer os desafios que virão a seguir. Sonhos sim, você precisa deles para traçar o seu destino. Se permita sonhar. Se permita sofrer. Sofrimento faz parte do crescimento. Deixa feridas, cicatrizes, que nos fazem lembrar para onde vamos e da onde viemos.
Ficarei como espectadora, torcendo por seu sucesso. Se precisar de uma mão amiga para te amparar e te ajudar quando você cair, conte sempre comigo. Mas não esqueça que cada tropeço seu, é uma lição a ser aprendida e uma dificuldade a ser superada.
Todo amor vence. Deixe o seu vencer também.

Kelly Christine...

7 de abr. de 2011

Tão só...


É quando você está em um lugar repleto de gente e continua se sentindo só. Quando se sente falta de coisas que somente existiram nos seus sonhos mais íntimos, quando o silêncio sufoca o seu grito mais doloroso por ajuda, por companhia, por atenção.
Estar sozinho, não significa necessariamente não ter ninguém à sua volta. Estar sozinho é quando o sentimento da solidão domina você. Quando as lágrimas escorrem pela face, e não há ninguém além de você mesmo para enxugá-las. Quando se olha pela janela e vê que o dia se foi, e nada foi mudado. Quando tudo à sua volta perde o sentido e a razão, e você encara as próximas 24 horas como algo que você prefere não viver mais, afinal, será uma seqüência de minutos iguais de igual monotonia.
Se sentir só é quando até o sorriso de quem te quer bem, perde completamente o brilho. Quando seus passos e atitudes são apenas parte de uma rotina que você será obrigado a cumprir até o fim de seus dias, já que a pessoa solitária, também é covarde para tomar uma atitude que mudasse a própria vida.
Solidão é assim: não existem cores, não existem brilhos, não existem motivos para continuar. Existe apenas um coração vazio, uma vontade de se dissipar com a fumaça da névoa de uma manhã fria. Confundida freqüentemente com a depressão, a solidão é apenas uma conseqüência da primeira. Às vezes o sentimento de estar só te transmite uma segurança, se os seus projetos dependem de silêncio e dedicação completos e se você optar pela solidão. Mas quando não optamos por estarmos isolados do mundo, caímos no abismo do silêncio de nossas almas, impossibilitados de gritar.
Que opção você fez hoje? O que quer pra sua vida?
Se fossemos feitos para ficarmos sós, Deus teria criado apenas um ser à sua imagem e semelhança.
Quem escolhe demais fica sem opção. E quem não se deixa escolher jamais será escolhido.

Think This...

Kisses

Kelly Christine