25 de abr. de 2011

A Lanterna...

As pessoas são como lanternas com a bateria fraca: insistem em ficarem acesas, vêem a luz se extinguindo, mas enquanto houver energia e força nas baterias para se manterem acesas, vão se manter.
Tive esse pensamento olhando para o teto no quarto em que dormia em Porto Alegre. Para não dormir no escuro (acredite, desde que nasci nunca dormi no escuro) ele acendeu uma lanterna com a bateria no fim. Engraçado, eu e ele pensávamos que a lanterna não duraria nem uma hora, mas ela teimou em ficar fraca, porém acesa durante a noite toda. Os humanos são lanternas, seus sonhos, suas metas, são a bateria que movem a luz de suas vidas.
Foram dias maravilhosos. Fizeram eu ao mesmo tempo descansar e conhecer, o que é o amor em família. Eu fiquei tão maravilhada que simplesmente foi muito duro deixar tudo isso pra trás. Com os olhos ainda em lágrimas, recordo cada minuto daquela família linda que me acolheu tão bem, e me mostrou da maneira mais simples e mais bonita possível, como é amar as pessoas de verdade.
As palavras travam na garganta tentando agradecer o que é impossível de retribuir. Do fundo do meu coração, eu queria fazer apenas um terço do que vocês fizeram por mim. Nunca poderei descrever em palavras, a emoção e a sensação de encontrar o que sempre procurei por toda vida.
A saudade é imensa. Já na estrada, eu queria ter o poder de virar para trás, descer do ônibus correndo e não te soltar nunca mais. Mas o mundo dos sonhadores é mais cruel do que podemos supor, e aos prantos, eu deixei para trás o que eu mais desejei em toda minha vida.

Eu vou voltar.
Não sei quando, não sei como, mas eu vou voltar. E os sorrisos que eu quero encontrar, são os mesmos que eu deixei ao partir.
Se eu pudesse arrancar o coração do peito e deixar aí para se cuidado, eu faria isso de bom grado.

Não precisei.
Ele ficou aí.

Miss you.

Kelly Christine

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