14 de abr. de 2011

Carinho não tem preço...



O que posso afirmar pode parecer revoltante. Mas é o que sinto agora. O dinheiro magoa e maltrata as pessoas. Somos tão escravos desse papel maldito que deixamos de ser humanos para nos tornarmos fábricas de dinheiro. Minha gaveta está repleta de contas – algumas inclusive vencidas – e eu batalhando feito louca para superar mais dificuldades financeiras. Deixei de ser humana. Deixei de ser feliz.
O amigo(a) leitor(a) pergunta agora: e se você fosse rica, não estaria mais feliz? Claro que de certa forma, minha situação estaria mais confortável, é verdade. E eu não teria tantas preocupações. Mais dificilmente estaria feliz. Por quê? Isso eu respondo tranqüilamente: o que eu mais desejo, o dinheiro não pode comprar. Ajuda em vários aspectos, mas ele nunca poderá comprar.
Dinheiro não compra amor, não compra carinho, não compra afeto. Se você discorda das afirmações é sinal que já pagou para alguém te dar tudo isso. Enquanto existirem pessoas sustentando outras, chantageando emocionalmente, achando que aquele anel, aquele colar, aquele vestido, vai arrancar suspiros de felicidade e a retribuição de tudo é amor. Seu filho não vai te amar mais se você der aquele videogame de última geração para ele. Ele pode até gostar do presente, mas não vai amar mais você. Ele vai te amar mais, se você passar mais tempo com ele. Carinho não tem preço.
As contas em aberto continuam olhando pra mim. Por mais que eu chore, por mais que eu me desespere, elas não vão se pagar sozinhas. Arregace as mangas e ponha os planos em ação. O desespero só vai fazer eu me afundar ainda mais na depressão que anda me rondando.
O mundo não é ruim. Eu apenas não estou sabendo como viver nele.
Rezo a Deus que a situação melhore. E que eu um dia não precise “vender” o meu carinho a ninguém, por conta de tudo isso. Porque carinho não tem preço.

Kelly Christine  

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