Será que um dia ainda conseguirei por mim mesma me perdoar?
Será que um dia eu me lembrarei das palavras que foram ditas para aquela pessoa que tanto a magoaram?
Será que um dia eu terei uma visão do futuro menos sombria do que a que tenho agora?
Tantas perguntas...
Sou como todo ser humano: falho, inacabado, defeituoso. Sou apenas eu. Um ser único, capaz de mais miseráveis atitudes em benefício próprio e incapaz de uma atitude simples como a do perdão. Me deixo levar pelos meus sonhos. Me iludo pensando que serão reais algum dia. Vejo com um singelo descaso, a humilhação, a desgraça, a tristeza alheia. Não tenho a capacidade de estender a mão para ninguém, pois eu mesma estou imersa no mar de lama que a vida me conduziu. Torpor? Estupidez? Talvez um pouco de ambos, afinal, o que dá ibope é a desgraça dos outros; a felicidade e o jeito simples de conduzir a vida não dão audiência a nenhum “reality”.
Vejo o quanto ando perdida em meus próprios pensamentos. Anseio por mudanças, mas sou completamente incapaz de iniciá-las. Me falta vontade? Coragem? Não. Me falta a resposta daquela velha pergunta: “POR ONDE EU COMEÇO?”
Você caminha pela rua. Olha as pessoas em sua volta, presas à sua rotina, fazendo tudo como manda o figurino. Quem se desvia um pouco desse “jeito normal de viver” é considerado alguém fora da sociedade; louco, artista ou simplesmente criminoso. Podem ser várias formas e varias descrições. A essência é a mesma: ser diferente, pensar diferente = errado, estranho, não-adequado. Por que não ser igual incomoda a tantos?
Sigo a vida sem a expectativa do amanhã. É o melhor a ser feito. Enquanto eu não consigo responder as minhas perguntas, melhor seguir em frente tentando entender as próprias pegadas, atrás de respostas razoáveis.
Mas ainda tem uma pergunta que me incomoda. Mais do que qualquer outra que eu já me fiz:
SERÁ QUE UM DIA EU AINDA SEREI FELIZ?
Kelly Christine
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