13 de mai. de 2013

Aquilo que não posso mudar...


Sinto saudades de tempos que não voltam mais,
De coisas que ficaram para trás,
E a vida não é piedosa para trazer de volta.

O carinho da família não é meu,
O amor que não sobreviveu,
A tantas idas e tantas revoltas.

Escrevo porque não vejo saída,
Desabafo na minha poesia,
Quem não vê esperanças no cair da noite,
E nem no nascer do dia.

Sozinha permaneço,
Envolta na minha própria escuridão,
Dores sofridas em silêncio, não esqueço,
O vazio sem sentido do meu coração.

O olhar que nada espera,
Encara o amanhã sem saber ir ou voltar
As feridas que não regeneram,
Não querem mais se curar.

O mundo continua girando,
Não importa o quanto eu grite ou não.
E quantos gritos cabem no silêncio?
Quantas lágrimas em vão?

Não questiono, não argumento,
Aceito, pois o meu destino é o de aceitar,
Aquilo que machuca, frio, agourento,
Aquilo que não posso mudar.

Eu acreditei nos meus instantes,
Com a fé que tudo iria acabar,
A felicidade sonhada e agora tão distante,
Mostra porque não lutar

O sonho partido,
O coração ferido,
Não existe consolo
Não há um amigo
Que me dê o ombro
E me diga que como eu não há ninguém,
Que permanecerá comigo
Que vai ficar tudo bem.

E o destino escreveu assim,
O amor se corrompeu,
Meu desejo mais bonito teve um fim
Um sonho que era só meu.

A poesia acabou,
Um caminho que foi feito ao andar.
O sentimento bonito obrigado a ir embora,
Quando o que mais queria era ficar.

Kelly Christine

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