7 de out. de 2012

Poeta Sem Palavras...


Que saudade é essa?
A mesma que espera o destino se movimentar para algo acontecer?
Alguma espécie de aviso antes de morrer?
Ou algo divino que cairá do céu?
Por que esperar perder?
Precisar se sentir sozinho para dar valor,
A quem o tempo todo só te deu amor,
E em troca recebeu solidão?
Bate ferido mais uma vez coração,
O pequeno valente, triste poeta,
Transtornado pela razão, que se torna profeta,
E adivinha a dor que vem a seguir.
Luta em vão, mais uma vez meu amigo,
Desafiou seus medos, enfrentou os perigos,
E mais uma vez continuou sozinho.
Dividindo com ninguém o mesmo caminho,
Que sonhou trilhar de mãos dadas,
Palavras tão doces, hoje caladas,
Presas na garganta de quem tinha tanto a dizer,
Lágrimas que rolam pela face a se perder,
Desistem de justificar o que não tem explicação,
A dor do sonho que virou ilusão,
A saudade solitária que só pertence a mim.
Flor crescendo no meio do deserto, nunca haverá jardim,
Perdeu a esperança do mundo mudar,
Chora lamentando o destino, implora para tudo acabar,
Da mesma maneira que começou,
Quando a coincidência que não existe, seu destino mudou,
E a saudade era só mais uma palavra a rimar,
Uma poesia que estava para começar,
Um coração que batia por mim,
Hoje não compreende o fim,
E o poeta sem palavras, busca inspiração,
No que lhe resta do partido coração,
Que lhe mostrou com todas as forças como se lembrar,
O que a mente quer esquecer,
Mas a saudade não deixa apagar.

Kelly Christine

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