26 de jun. de 2013

Tudo o que restou...

Tudo o que restou foi saudade.
Há tanto dele em mim,
Nada de mim nele.
Nada que, pelo menos, faça diferença.
Tudo o que restou foram lembranças.
Uma após a outra, povoam meus pensamentos, e brigam com minha vontade:
Lembre, lembre, lembre!
E eu me lembro. E continuo a lembrar.
Enquanto sei que me tornei apenas algo que ninguém se recordará um dia.
E as palavras?
Tudo o que restou foram palavras.
E a vontade de falar, de gritar, de pedir.
De que adiantaria?
Tudo o que restou foi uma enorme vontade.
De voltar no tempo,
De correr atrás,
De não desistir.
Tudo o que restou foram os sonhos.
Estes, aos pedaços, ainda tem a teimosia da esperança,
A coragem dos justos,
A ilusão dos sonhadores.
Tudo o que restou ficou no olhar.
De quem não deixou de acreditar,
De quem não deixou de sentir,
De quem nada pode fazer, nem mesmo esperar.
E a pergunta que fica,
Na mente e no coração,
Até quando precisarei fingir
Que nada ficou,
Se eu sei o tamanho da importância
De tudo que restou?


Kelly Christine

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