Tudo o que restou foi
saudade.
Há tanto dele em mim,
Nada de mim nele.
Nada que, pelo menos,
faça diferença.
Tudo o que restou
foram lembranças.
Uma após a outra,
povoam meus pensamentos, e brigam com minha vontade:
Lembre, lembre,
lembre!
E eu me lembro. E
continuo a lembrar.
Enquanto sei que me
tornei apenas algo que ninguém se recordará um dia.
E as palavras?
Tudo o que restou
foram palavras.
E a vontade de falar,
de gritar, de pedir.
De que adiantaria?
Tudo o que restou foi
uma enorme vontade.
De voltar no tempo,
De correr atrás,
De não desistir.
Tudo o que restou foram
os sonhos.
Estes, aos pedaços,
ainda tem a teimosia da esperança,
A coragem dos justos,
A ilusão dos
sonhadores.
Tudo o que restou
ficou no olhar.
De quem não deixou de
acreditar,
De quem não deixou de
sentir,
De quem nada pode
fazer, nem mesmo esperar.
E a pergunta que
fica,
Na mente e no
coração,
Até quando precisarei
fingir
Que nada ficou,
Se eu sei o tamanho
da importância
De tudo que restou?
Kelly Christine
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