28 de mar. de 2012

Eu, Resultado das Minhas Escolhas...

Eu escrevo para tirar essa dor de mim
Basta de lágrimas, chega de depressão
Digo adeus àquela doce ilusão
Que mentia e me condenava ao fim
É hora de recomeçar,
Juntar os pedaços, os olhos enxugar
Não vou correr atrás de quem não dá um passo por mim
Não te embelezarei mais, arrancando as flores do meu jardim.
Doer? Claro que dói, eu só não digo mais
Ver que no final, eu fui deixada pra trás
Fiquei por minha conta, abandonada à própria sorte
Tão decepcionada que só queria a minha morte.
E Deus me fazia carregar uma cruz mais pesada do que podia agüentar
Sem piedade do meu sofrimento, sem direito a reclamar
O que não me deu escolhas, me fortaleceu,
Cada passo que eu dava, em direção a algo que não era meu.
Eu fui além, cheguei ao fundo do poço, sem esperanças
Me isolando nos pensamentos, me refugiando nas lembranças
Vendo meu corpo, cada vez mais fraco, no barro a afundar
Era chegada a hora, da minha vida um novo rumo tomar.
Passo a passo, as paredes da minha agonia eu escalei
Olhando sempre para frente, escorregando pelo caminho, eu avancei
O coração endureceu, não é mais o doce habitat
Não há espaço para mais ninguém entrar
A beirada da minha ruína, permaneci
Com as dificuldades de quem não tinha da onde tirar forças, eu subi
Não há alternativas, a não ser agora, seguir em frente
O motivo pelo qual caí, jamais se apagará da minha mente
A confiança que se rompeu
O coração que se comprometeu
Voltam em pequenas partes para minhas mãos
Procuram no silêncio a verdade da razão
Das minhas escolhas, me tornei o resultado
Os olhos secos, sentimentos calados
Arrependimentos que não se consolam na verdade
De quem abriu mão de si mesma em busca da felicidade.
Jamais me esquecerei de todas as respostas
Daqueles que eu mais precisei, e me viraram as costas
Eu senti toda dor e agonia
Enquanto implorava ajuda de quem só assistia.
Hoje a verdade se revelou
O que o coração insistia em não ver, o destino impiedoso mostrou
Confiar em si mesma, o resto decepção
Buscar conforto e abrigo, segurando as próprias mãos.
Relutei contra isso, ainda estou aqui
Nenhuma vontade de ficar, nenhum motivo para partir
O destino, mente que diz que nós mesmos o escrevemos
Marionetes dos deuses, vidas a mais, vidas a menos.
A poesia acabou, as palavras finalmente saíram
Até onde o coração pode se calar, até onde meus próprios sentimentos se feriram
Mente quem diz que pra trás não vai olhar
Olharei, com a certeza que o tempo é senhor de tudo
Cicatrizes vão surgir, solidão e sofrimento se tornarão apenas passado...
... Mas será um passado que jamais irá te perdoar.

Kelly Christine

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