Eu, juntando os pedaços de mim mesma
Sozinha, sem depender de ninguém
Afinal, vou depender de quem?
No caminho do amor só encontrei desilusão
Entreguei coração inteiro, só os pedaços restaram
O brilho do sorriso, ofuscado pelo amargo das lágrimas
O amor desesperado
Não quero mais mágoas
Não quero mais dor
Chega de lágrimas
Basta de amor
Quero a vida, simples, como uma bolha de sabão
Voando livre, sem destino, o universo a conhecer
De repente, sem motivo algum, ela some
Para que outra bolha possa nascer
Vida minha, não te compreendo
Me querias tanto, mais tanto
Agora que me tens, não me queres mais
Descartável mais uma vez
Mais uma vez o pranto...
Dias inglórios, noites mal dormidas
Para no final de tudo: nada
Queria que a minha vida toda
Tivesse sido aquela madrugada
Onde eu conheci o sorriso
De alguém que queria na minha estrada
Caminhando comigo
De mãos dadas
Ganhei apenas a consolação de quem espera
O pobre com fome, na miséria
O pão não alimenta, a água não satisfaz
Coração aos pedaços
Nunca mais.
Juntando os pedaços de mim
Sozinha, mais um vez
Coração escorre pelos dedos como areia, é o fim
Esperança que se desfez
Vida simples, um sonho qualquer
Impossível, na minha visão
Nunca deixei de ser menina, nesse corpo de mulher
Nunca deixei de acreditar na emoção
Nenhum pedido sequer
Atendido, apenas a ilusão
Vida simples, um sonho qualquer
Cansou de receber apenas ‘não’
A bolha sumiu, a luz apagou
O silencio paira no ar
A tristeza que deveria ir embora, ficou
Nenhuma palavra a falar
Tu só terás o meu amor
Quando eu deixar de te amar
Juntando os pedaços de mim, eu sei
A verdade dói, humilha os olhos, aflige a intenção
É tarde, só darás valor ao que tem
Quando perderes meu coração
Quebrado, parado
Cansou da desilusão
Não acredita em mim, não acredita em ninguém
Se refugiou numa prisão
Saiu do meu peito, por aí se perdeu
Juntando os pedaços de mim, ninguém mais
Apenas eu...
Kelly Christine
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