3 de mai. de 2011

Não tenho refúgio...


As palavras, quando saíram, saíram doloridas pela minha garganta.
Eu quis continuar em silêncio para não prejudicar
Mas você queria briga, e eu não
Me forçou a dizer coisas que eu queria manter comigo
Violou a paz, única paz que ainda existia em mim
A paz dos meus pensamentos
Você saiu pela porta, batendo os pés, vociferando horrores
Colocando ainda mais culpa em minhas costas
Elas já carregam tantos pesares, agora mais um
Me deixou em lágrimas sem escolha.
O silêncio que você tanto reclama de mim,
É o mesmo que eu uso para te proteger
Você não entende, por mais que eu tente explicar.
Do que adiantam palavras dentro de uma mente voltada para ira?
Soluçando alto, eu desejo a morte,
Que ingenuidade a minha, nenhum desejo meu se realiza!
Porque seria diferente agora?
Eu me importo com você.
Não tenho nada a oferecer, nem ao menos soluções para os problemas
Me calo diante da minha incompetência
Me calo diante das minhas mãos atadas
Mesmo assim, algo me impulsiona para continuar em frente
Mesmo que não enxergue um único ponto de luz no fim do túnel
Sem nenhum motivo para sorrir.
É, eu não consigo mais ver no espelho o brilho pálido do meu sorriso.
Foi apagado por constantes lágrimas,
Dilacerado pelos problemas freqüentes,
Consumido pela dor.
Você tem razão.
Eu tenho me escondido dentro de mim mesma
As feridas, o desespero, a solidão tem feito isso a mim.
Não tenho refúgio, meu porto vazio secou suas águas.
Como conseguirei me libertar
Se tudo em mim, ainda me prende?

Kelly Christine 

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