Acordei hoje com vontade de falar, mas sem inspiração alguma pra escrever. Ontem, uma noite atribulada, enchentes, uma chuva torrencial caía pelo lado de fora do ônibus, eu já estava presa naquele engarrafamento há cerca de 1h. Meditava, escutava música, e ficava agoniada dentro daquele ônibus apertado, cheio de pessoas, todas respirando ao mesmo tempo não deixando os vidros visíveis pelo lado de dentro do coletivo. Cochilei, acordei, cochilei de novo. Vida difícil de suburbana trabalhadora, moradora de periferia. Vamos adiante...
Cheguei em casa esbaforida e faminta, louca para tomar uma ducha. Me pergunto se todos os trabalhadores desse país são assim. Oprimidos. Um dia de trabalho puxado, a ida e a volta tão cansativa quanto o dia todo, o salário tão ínfimo, as necessidades tão grandes. Estava vendo uma reportagem no jornal, dizendo que o governo fez um ‘corte’ no orçamento de cerca de 40%. Esse corte será utilizado para cobrir despesas internas de gabinete (leia-se aumento dos próprios salários, nepotismo, compras de lixeiras sensorizadas em alumínio e viagens as nossas custas -.-). Por que as pessoas mais carentes, desfavorecidas, trabalhadores honestos são as que menos recebem o que tem por direito receber? Vejo tanta impunidade e injustiça. Lá fora acompanhamos pelos noticiários, vários ditadores sendo derrubados, o povo que vai às ruas exigir sua liberdade de expressão, seus direitos. Aqui, as pessoas protestam... Pelo twitter? (o_O) O que está acontecendo com o Brasil? Onde está aquele país que pintava a cara e ia às ruas derrubar um presidente que queria ser esperto às custas de dinheiro público? Fecharemos os olhos até quando? Quando o mandato de senador passar de 08 para 16 anos? Até outro cidadão "fechar negócios" colocando dólares na cueca? Até tudo acabar na ‘dancinha da pizza’? Ou até mais um governante maior, bloquear todas as poupanças nacionais para pagamento da “dívida externa”?
Continuo meu raciocínio. É hora de pensar no que fazer de CONCRETO, ao invés de apenas utilizar a internet para rechear as redes sociais com fotos e argumentos inúteis e assassinar a língua portuguesa para protestar. Nos anos 60 nem imaginávamos que existiria blogs e twitter. Saíamos às ruas e éramos presos e torturados pela ditadura por não aceitar a opressão, a censura de nossos pensamentos, nossas idéias. Será que vamos ter que esperar uma nova ditadura chegar, uma nova censura se estabelecer para tomarmos as rédeas das nossas vidas e MUDARMOS PRA VALER? Quero um mundo melhor para mim, para o meu filho e para quem vir depois dele. Mas não basta querer. Tem que fazer a coisa certa: tentar.
Tente.
Melhor falhar na tentativa do que se oprimir no medo do fracasso.
Mude o mundo. Antes que ele mude você.
Kelly Christine
"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros." - CHE GUEVARA
Gostei muito desse post, e você esta totalmente certa, até quando nos vamos continuar com os olhos fechados?
ResponderExcluirVocê está certa, mais é muito difícil, alguém precisa tomar a frente, ir adiante, com certeza muitos irão juntos, eu iria com certeza, mais a comodidade impera em nosso meio, nossa cultura "moderna" impede de tomarmos atitudes drásticas, o governo está com plano de expandir a banda larga em todo o país, pra que? para que descontemos nosso descontentamento no twitter? comentando em blogs de discussão? sim é exatamente isso que eles querem, e está dando certo, se levássemos esta sua posição nas ruas seria diferente, mais não, ela nasce e morre aqui, com 1,2,12 comentários...
ResponderExcluirNem sei pq to comentando mas ai vai:
ResponderExcluir-Toda revolução começa com 1 ideal, mas no final nem sempre ela que ganha.
-Todas as pessoas que propuseram um mundo melhor, pesquisem mas detalhadamente, são maníacos.
-Tem gente q acha que essa era é digital, não caia nessa.
-Alguns tem pavor que um dia não serão mais governados por alguem. õÕ
-Agora a pior de todas, imho, é a propaganda do medo. Existem muitas pessoas no mundo, de fato a maioria, que realmente querem um mundo melhor para viver, mas eles fazem esses desconfiarem um do outro.