Fiz um pedido de comida por telefone às 11h da manhã. Sabia que por conta do mal tempo, qualquer motoboy por mais bem pago que fosse (isso eu nunca vi acontecer, sério), se atrasaria pelo menos em 01h. Tudo bem. Eu não queria sair do escritório, chovia demais, além do mais queria acertar algumas coisas do design do blog. Fiz o pedido on-line, a confirmação por telefone foi muito rápida, aguardei sem medo. Esperei, esperei. Depois de quase 01h50min. esperando eu recebi o que havia pedido: comida fria e refrigerante quente.
#Unlucky Day 1.
Ainda aproveitando desse tempo maluco de em pleno verão eu estar de moleton agüentando as fortes chuvas, desci na minha lanchonete favorita, traumatizada por outro dia na mesma semana ter ficado quase duas horas com fome esperando o almoço, fui mais prática: pedi o meu sanduíche de sempre, saladinha de sempre, refrigerante pequeno, embalei tudo pra viagem e fui me esconder no escritório mais um dia. Refrigerante estava ótimo, mas quando dei a primeira mordida no pão, ele estava tão duro, mas tão duro, que se fizessem o sanduíche com duas torradas, com certeza estaria mais macio. Fui obrigada a comer só o recheio e abandonar o pão. Ainda pensei em descer e reclamar, porém a chuva aumentou ainda mais de volume, o que me desmotivou a sair. Fiquei com fome a tarde toda.
#Unlucky Day 2.
Nessas semanas o meu ônibus costumeiro estava saindo mais cedo. Justamente os 05 minutos que ele costumava sair depois, era o tempo de eu deixar meu filho na escola e correr (literalmente) para o ponto de parada. Incrível como 05 minutos fazem a diferença. Ainda estou aguardando o portão da escola dele abrir e vejo o ônibus partindo. Ontem eu vi que ele ainda esperava, deixei o menino na escola, e corri para pegá-lo. Não bastasse ele me ver correndo, ainda arrancou o carro mais rápido, me deixando numa situação constrangedora onde todos me olhavam com pena de mim. Fui obrigada a pegar a outra alternativa de ônibus, mais demorada, lotada e desconfortável.
#Unlucky Day 3.
Não bastasse eu ter que trocar agora a linha de ônibus que eu andava, e como comentei anteriormente, ser mais “lotada”, peguei esse mesmo ônibus hoje, e todos os lugares já estavam ocupados. Só restavam vazios, os acentos da frente, os ‘preferenciais’, que eu particularmente não gostava de utilizar, mas eu já estava cansada de enfrentar aquela maratona do dia-a-dia, queria cochilar um pouco. O trajeto da minha casa até o trabalho levava cerca de 01h20min. dava para dar um bom cochilo, descansar, antes de cansar de novo. Tinha acabado de subir no ônibus, acho que passaram apenas dois pontos depois da parada que eu tinha subido, sinto dois tapas no meu ombro. Eu já estava meio grogue, adormecida, quando abro os olhos e vejo uma senhora, pra lá de mal humorada, vociferando: “Dá pra você levantar que eu quero sentar?” Eu fiquei sem ação. Todas as pessoas no ônibus já lotado naquele ponto do trajeto me olhavam como se eu tivesse cometido um crime. Levantei, espumando de raiva, tive que fazer todo o trajeto (que por sinal demorou hoje, 01h30min.) em pé, agüentando o olhar sarcástico daquela velha maldita. Meu sono e cansaço, virou uma enxaqueca profunda e uma dor nas costas violenta de estar em pé por tanto tempo espremida por toda aquela gente durante tanto tempo. Não sei o que eu faço se eu encontro aquela velha infame de novo -.-
#Unlucky Day 4.
O que será que eu ando fazendo pra sorte para ela ter sumido dos meus dias assim tão facilmente?
Espero que ela volte logo. Viver dias sem esperança já é complicado, ficar sem sorte, é melhor só ver a vida passar e esperar para morrer. Ou acabar morrendo mesmo. Por pura falta de sorte.
Kelly Christine
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